Epopeia do Campeonato Brasileiro de Xadrez
Parte 4 (1981 a 2000)
Parte 1 (1927 a 1940)
Parte 2 (1941 a 1960)
Parte 3 (1961 a 1980)
Parte 5 (2001 em diante)
Campeonato Brasileiro 1981 Campeão: Jaime Sunye Neto (PR) Vice-campeão: Gilberto Milos (SP) Local: São Luiz (MA)
O Campeonato Brasileiro de 1981 foi disputado no Quatro Rodas Hotel, em São Luiz (MA), no período de 1º a 16 de junho de 1981. A semifinal da competição também foi no mesmo lugar de 24 a 30 de maio de 1981. A direção geral foi de Sílvio Mendes. O árbitro foi Alfredo Sangiorgi, que naquele ano estava transferindo sua residência de São Paulo para o Maranhão. O campeão foi novamente o MI Jaime Sunye, que perdeu somente uma partida para o carioca Hermes Amílcar. Os cinco primeiros colocados (Sunye, Milos, Trois, Herman e Segal) participaram , ainda em 1981, do Torneio Zonal Sul-Americano, realizado em Moron (Argentina), cujo campeão foi o GM argentino Miguel Quinteros. Jaime Sunye foi o vice-campeão. A grande decepção da fase final do Campeonato Brasileiro de 1981 foi a bisonha campanha do MI Antônio Rocha, que perdeu todas as partidas para os sete primeiros colocados. Só conseguiu vencer os três últimos. O vice-campeão do ano anterior, Herbert Carvalho, também fracassou na competição de 1981, não obtendo a classificação para a fase final. Uma atuação que ninguém esperava, pois um mês antes do Campeonato Brasileiro, Herbert venceu o forte Torneio Aberto Cidade de Curitiba, onde ganhou de Sunye. A fase semifinal contou com 52 participantes. O sistema foi o suíço em sete rodadas. Os quinze primeiros colocados classificaram-se para a fase final, que já contava com Jaime Sunye, por ter sido o campeão do ano anterior. Os melhores colocados da semifinal foram: 1º) Rubens Filguth (GO), 5; 2º) Marcos Paolozzi (SP), 5; 3º) Hermes Amílcar (RJ), 5; 4º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 4,5; 5º) Vitório Chemin (SC), 4,5; 6º) Alexandru Segal (SC), 4,5; 7º) Édson Tsuboi (SP), 4,5; 8º) Marco Asfora (PE), 4,5; 9º) Francisco Trois (RS), 4,5; 10º) Luiz Tavares (PE), 4,5; 11º) Antônio Carlos Resende (SP), 4,5; 12º) Gilberto Milos (SP), 4,5; 13º) Antônio Rocha (SP), 4,5; 14º) Cícero Nogueira Braga (SP), 4,5; 15º) Luís Loureiro (RJ), 4,5; 16º) Herbert Carvalho (SP), 4,5; 17º) Ricardo Teixeira (RJ), 4,5; 18º) Francisco Terzian (SP), 4,5; 19º) Wagner Borges (SC), 4,5; 20º) Sílvio Lucena, 4; 21º) Charles Mann de Toledo (SP), 4; 22º) Lincoln Lucena (DF), 4; 23º) Francisco Alves (CE), 4; 24º) Darcy Gustavo Lima (RJ), 4; 25º) Fred Saboya (CE), 3,5; 26º) Lídio Delgado (PR), 3,5; 27º) Max Cohn (SP), 3,5; 28º) Zalmer Kornin (PR), 3,5; 29º) Ernesto Pereira (PR), 3,5; 30º) Luís Ruppel Bitttencourt (PR), 3,5; 31º) Paulo César Haro (SP), 3,5; 32º) Luís Sérgio Lima (PA), 3,5; 33º) Rogério Becker (RS), 3; 34º) Licínio Corrêa (CE), 3; 35º) Horácio Matsuura (PR), 3; 36º) Justo Chemin (PR), 3; 37º) Salomão Brito (MA), com 3 pontos. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1981 Hermes Amílcar 1 x 0 Jaime Sunye Edson Tsuboi 0 x 1 Jaime Sunye Antônio Rocha 0 x 1 Jaime Sunye Herman Claudius 0 x 1 Gilberto Milos |
Campeonato Brasileiro 1982 Campeão: Jaime Sunye Neto (PR) Vice-campeão: Marcos Paolozzi (SP) Local: Brasília (DF)
Vencendo os fortes e perdendo pontos para os mais fracos, o paranaense Jaime Sunye Neto conquistou o tetracampeonato brasileiro 1979/1980/1981/1982, igualando-se ao feito de João Souza Mendes Júnior, tetracampeão em 1927/1928/1929/1930. Sunye também conseguiu o sexto título nacional, pois fora bicampeão 1976/1977. O vice-campeão foi o paulista Marcos Paolozzi, que, ao perder para Herman Claudius na última rodada, deixou escapar a oportunidade de ficar empatado com Sunye na primeira colocação. Nessa rodada, Sunye venceu Antônio Carlos Resende. O Campeonato Brasileiro de 1982 foi realizado no Hotel Fenícia, em Brasília (DF), no período de 13 a 30 de abril de 1982, sob o patrocínio da Colméia. O diretor geral foi Antônio Bento de Araújo. O árbitro principal foi Friedrich Salamon, auxiliado por Alfredo Sangiorgi. Pouco antes da fase final, no período de 3 a 11 de abril (Semana Santa), em Goiânia (GO), sob arbitragem de Sílvio Mendes, foi realizado a semifinal da competição, com 65 participantes pelo sistema suíço em nove rodadas. A grande decepção dessa fase foi a desclassificação de Herbert Carvalho, vice-campeão brasileiro de 1980. Os nove classificados para a fase final: Marcos Paolozzi, Jaime Chaves, Cícero Braga, Vagner Madeira, Édson Tsuboi, Antônio de Pádua, Darcy Gustavo Lima, Auriberto Ticianeli e Rubens Filguth, A final ainda contou com Sunye, Milos, Herman e Trois do ranking nacional. Segal e Resende do ranking internacional. Lincoln Lucena, bicampeão brasiliense 1980/1981, representou o Distrito Federal. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1982 Jaime Sunye 1 x 0 Herman Claudius Jaime Sunye 1 x 0 Alexandru Segal Francisco Trois 0 x 1 Jaime Sunye Jaime Sunye 1 x 0 Marcos Paolozzi |
Campeonato Brasileiro 1983 Campeões: Jaime Sunye Neto (PR) e Marcos Paolozzi Sérvulo da Cunha (SP) Vice-campeão: Hermes Amílcar Machado Júnior (RJ) Local: São Paulo (SP)
O Campeonato Brasileiro de 1983 foi disputado no Clube Xadrez São Paulo no período de 28 de maio a 17 de junho de 1983. Jaime Sunye e Marcos Paolozzi terminaram empatados na primeira colocação. Pelo regulamento, deveria haver um match em quatro partidas para definir o campeão. Mas essa decisão nunca aconteceu. No início de 1984, o presidente da CBX Sérgio Farias resolveu proclamar oficialmente Sunye e Paolozzi campeões brasileiros de 1983. Com essa co-vitória, Sunye conseguia aos 26 anos de idade o total de sete conquistas no Campeonato Brasileiro. A semifinal do campeonato foi realizada de 25 de março a 3 de abril de 1983, em Brasília (DF), no Nikkey Hotel. O vencedor da prova foi o carioca Hermes Amílcar Machado. A competição contou com 50 participantes, e os nove primeiros colocados foram classificados para a fase final. Eis os principais colocados: 1º) Hermes Amílcar (RJ), 7; 2º) Luís Loureiro (RJ), 7; 3º) Sílvio Cunha Pereira (SP), 6,5; 4º) Antônio Carlos Resende (SC), 6,5; 5º) Ivan Boere de Souza (RS), 6,5; 6º) Hélder Câmara (SP), 6,5; 7º) César Soares Filho (SP), 6,5; 8º) Cícero Nogueira Braga (SP), 6,5; 9º) Luís Mena Barreto (RS), 6,5; 10º) Paulo de Oliveira (SP), 6; 11º) Roberto Assunção (SP), 6; 12º) José Soares Másculo (RJ), 6; 13º) James Mann de Toledo (SP), 6; 14º) Dirk Dagobert van Riemsdijk (SP), 6; 15º) Marcos Roland (DF), com 6 pontos. A final do Campeonato Brasileiro de 1983 estava prevista para o máximo de 16 participantes: seis do ranking (Sunye, Paolozzi, Segal, Trois, Herman e Milos); nove classificados pela semifinal (Hermes Amílcar, Loureiro, Sílvio, Resende, Boere, Hélder, César Soares, Cícero e Mena Barreto); e um da Federação Paulista (Paulo Oliveira). Entretanto o gaúcho Francisco Trois desistiu de participar, abrindo uma vaga. Ao invés de mais um enxadrista, a CBX incluiu mais três, apesar de protestos de alguns participantes. Seguindo o critério de classificação da semifinal, ocuparam as três vagas criadas: José Soares Másculo, James Mann de Toledo e Dirk Dagobert. Assim, ao contrário dos 16 previstos, a fase final contou com 18 participantes. O campeonato de 1983 foi muito forte em valores individuais. Por isso, a luta pelo título máximo foi sensacional. Após a décima segunda rodada, três enxadristas dividiam a liderança, com 7,5 pontos: Sunye, Paolozzi e Hermes Amílcar. Na décima terceira, Sunye venceu Dagobert; Hermes derrotou Másculo; e Paolozzi empatou com Milos. Na décima quarta, Hermes perdeu para Boere; e Paolozzi empatou com Segal. Sunye venceu Mena Barreto e assumiu a liderança absoluta, com 9,5 pontos, seguido por Paolozzi, Hermes e Herman, com 8,5. Faltando três rodadas, com um ponto de vantagem, Sunye podia conquistar o título sozinho, mas cedeu preciosos pontos nos empates com Cícero e Másculo; vencendo Boere na última rodada. Enquanto isso, Paolozzi venceu seguidamente César Soares, Hermes Amílcar e Hélder Câmara. E o campeonato terminou empatado entre Sunye e Paolozzi e nunca foi decidido. Por isso, a CBX proclamou os dois campeões do ano de 1984. Marcos Paolozzi Sérvulo da Cunha nasceu em Santos (SP) em 5/11/1960. Portanto, foi campeão brasileiro aos 22 anos de idade. Apesar da pouca idade, já possuía excelente experiência internacional, com demoradas estadias nos Estados Unidos e Europa. Participou duas vezes da equipe brasileira no Campeonato Mundial por equipe de jovens em 1980 (México) e 1981 (Áustria). Também integrou a equipe do Brasil na Olimpíada de Lucerna (1982), onde conseguiu três vitórias, quatro empates e duas derrotas. Em 1980 (Fortaleza), foi vice-campeão brasileiro juvenil. O campeão foi Darcy Lima. O vice-campeão brasileiro de 1983, Hermes Amílcar Machado Júnior nasceu no Rio de Janeiro em 21/1/1962. Foi campeão carioca em 1982. Campeão estadual do Rio de Janeiro em 1982. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1983 Jaime Sunye 1 x 0 Herman Claudius Jaime Sunye 1 x 0 Paulo Luiz de Oliveira Jaime Sunye 0 x 1 Marcos Paolozzi Marcos Paolozzi 1 x 0 Hermes Amílcar |
Campeonato Brasileiro 1984 Campeão: Gilberto Milos Júnior (SP) Vice-campeões: Alexandru Segal (SP) e Herman Claudius (SP) Local: Cabo Frio (RJ) O Campeonato Brasileiro de 1984 foi realizado no Malibu Palace Hotel, em Cabo Frio (RJ), no período de 28 de abril a 12 de maio de 1984. A direção geral esteve a cargo de Sérgio Farias, presidente da CBX. Os árbitros foram Friedrich Salamon e Alfredo Sangiorgi. O campeão invicto foi Gilberto Milos, com sete vitórias e seis empates. Jaime Sunye, com vaga garantida para a Olimpíada de Tessalônica (Grécia), não participou do Brasileiro. As demais vagas olímpicas foram conseguidas em Cabo Frio: Milos, Segal, Herman, Hélder e Rocha. Como aconteceu em 1979 e 1980, na primeira gestão do presidente da CBX Sérgio Farias, a CBX aboliu a semifinal em 1984. O campeonato de Cabo Frio também foi um abertão para jogadores com rating superior a 2000. Porém, dois enxadristas participaram com rating inferior: Guilherme Junqueira (rating 1987) e Haroldo Cunha dos Santos (rating 1959). A competição contou com 67 participantes, pelo sistema suíço em 13 rodadas. Paralelamente, foi disputado o Campeonato Brasileiro Classe B, com 23 jogadores, cuja vitória foi do goiano Álvaro Gama Rodrigues. O enxadrista Mendel Mendelwicz ofertou prêmio de beleza, que foi ganho por Gerd Fonrobert na vitória sobre Francisco Terzian (ver partida mais adiante). A classificação 1º) Gilberto Milos (SP), 10; 2º) Alexandru Segal (SP) e Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 9,5; 4º) Hélder Câmara (SP), 8,5; 5º) Antônio Rocha (SP), 8,5; 6º) Alexandre de Castro (MG), 8,5; 7º) Marco Asfora (PE), 8,5; 8º) Eduardo Limp (RJ), 8,5; 9º) Édson Tsuboi (SP), 8; 10º) Aron Antunes Corrêa (RS), 8; 11º) Cícero Nogueira Braga (SP), 8; 12º) Paulo Sérgio de Castro Oliveira (RS), 8; 13º) Lincoln Lucena (DF), 8; 14º) Francisco Trois (RS), 7,5; 15º) Rubens Filguth (PR), 7,5; 16º) João César Rocha (RJ), 7,5; 17º) Haroldo Cunha dos Santos (RJ), 7,5; 18º) Francisco Terzian (SP), 7,5; 19º) Rodolfo Araújo (PE), 7; 20º) Marcos Paolozzi (SP), 7; 21º) Gerd Fonrobert (SP), 7; 22º) Márcio Miranda (RJ), 7; 23º) James Mann de Toledo (SP), 7; 24º) Luís Mena Barreto (RS), 7; 25º) Marcos Roland (DF), 7; 26º) Manoel Paes (BA), 7; 27º) Luiz Gentil Júnior (CE), 7; 28º) Paulo Luís Oliveira (SP), 7; 29º) Carlos Eduardo Gouveia (RJ), 6,5; 30º) Antônio Resende (SP), 6,5; 31º) Paulo César Haro (SP), 6,5; 32º) Herbert Carvalho (SP), 6,5; 33º) Manyee Chow (SP), 6,5; 34º) César Soares Filho (SP), 6,5; 35º) Horácio Matsuura (PR), 6,5; 36º) Etênio Ticianeli8 (AL), 6,5; 37º) Antônio Pádua (SP), 6,5; 38º) Caetano Neto (RJ), 6,5; 39º) Ricardo Gervásio (SP), 6; 40º) Ivan Boere de Souza (RS), 6; 41º) Christian Toth (RJ), 6; 42º) Roberto Del Bosco (SP), 6; 43º) Vitório Chemin (PR), 6; 44º) Peter Toth (RJ), 6; 45º) Vagner Madeira (SP), 6; 46º) Ernesto Pereira (PR), 6; 47º) Adriano Vale Souza (DF), 5,6; 48º) Ricardo Teixeira (RJ), 5,5; 49º) Pedro Jorge Pinto (AM), 5,5; 50º) Henrique Bezerra (PE), 5,5; 51º) Fernando Vasconcelos (DF), 5,5; 52º) Auriberto Ticianeli (SC), 5; 53º) Dirk Dagobert van Riemsdijk (SP), 5; 54º) Ricardo Mercadante (RJ), 5; 55º) Carlos Refskalefsky (AM), 5; 56º) Antônio Pacini (SP), 5; 57º) Biamor Dantas (PA), 5; 58º) Marcos Moenich (DF), 4,5; 59º) Sílvio Lucena (CE), 4,5; 60º) Evansué Serra (MA), 4,5; 61º) Roberto Diniz (SP), 4; 62º) Martin Afonso Haro (SC), 4; 63º) Olício Gadia (RJ), 4; 64º) Pedro Segundo da Costa (BA), 3,5; 65º) Jorge Aramuni (MG), 3,5; 66º) José Belfort (SP), 3,5; 67º) Guilherme Junqueira (SP), com 2,5 pontos. Resultados dos principais colocados Milos – venceu Paes, Diniz, Tsuboi, Filguth, Gouveia, Aron Corrêa e Oliveira. Empatou com Herman, Haroldo Cunha, Hélder, Segal, Rocha e Limp. Segal – venceu Adriano, João César, Aron Corrêa, Haroldo Cunha, Rodolfo e Filguth. Empatou com Gadia, Castro, Tsuboi, Milos, Herman, Hélder e Rocha. Herman – venceu Auriberto, Belfort, Boere, Hélder, Cícero e Lincoln. Empatou com Milos, Rocha, Trois, Segal, Terzian, Tsuboi e Alexandre Castro. Hélder – venceu Paulo Haro, James Mann, Gouveia, Tsuboi, Trois e Fonrobert. Empatou com Gervásio, Milos, Rodolfo, Segal e Rocha. Perdeu para Herman e Asfora. Antônio Rocha – venceu Horácio Matsuura, Mena Barreto, Rodolfo e Fonrobert. Empatou com João César, Filguth, Herman, Antônio Resende, Trois, Milos, Segal, Hélder e Tsuboi. Alexandre Castro – venceu Peter, Filguth, James Mann e Aron Corrêa. Empatou com Trois, Segal, Asfora, Lincoln, César Soares, Miranda, Herbert, Gouveia e Herman. Marco Asfora – venceu Pedro Segundo, Pacini, Roland, Haroldo Cunha, Terzian, Antônio Resende e Hélder. Empatou com Castro, Gervásio e Trois. Perdeu para Christian, João César e Adriano. Limp – venceu Vasconcelos, Paulo Haro, Horácio Matsuura, Gadia, Cícero e Tsuboi. Empatou com Del Bosco, Manyee, Gouveia, Trois e Milos. Perdeu para Adriano e Aron Corrêa. Tsuboi – venceu Pacini, Moenich, Horácio Matsuura, Paes, Herbert e Rodolfo. Empatou com Segal, Del Bosco, Herman e Rocha. Perdeu para Milos, Hélder e Limp. Aron Corrêa – venceu Biano, Horácio Matsuura, Limp, Vitório Chemin, César Soares, Filguth e Rodolfo. Empatou com Gouveia e Paolozzi. Perdeu para Cícero, Segal, Milos e Castro. Cícero – venceu Dagobert, Aron Corrêa Manyee, Lincoln, Gentil Júnior e James Mann. Empatou com Terzian, Paolozzi, Paes e Paulo Haro. Perdeu para Haroldo Cunha, Herman e Limp. Paulo Oliveira – venceu Vitório Chemin, Sílvio Lucena, Peter Toth, Pádua, Mena Barreto, César Soares e Gouveia. Empatou com Terzian e Trois. Perdeu para Paolozzi, Luís Oliveira, Paulo Haro e Milos. Lincoln – venceu Etênio Ticianeli, Del Bosco, Auriberto Ticianeli, Christian, Gervásio, Herbert e Luís Oliveira. Empatou com Caetano Neto e Castro. Perdeu para Paolozzi, Gadia, Aron Corrêa e Herman. Trois – venceu Gadia, Belfort e Miranda. Empatou com Castro, Rodolfo, Resende, Herman, Rocha, Limp, Marco Asfora, João César e Paulo Oliveira. Perdeu para Hélder. Filguth – venceu Madeira, Dagobert, Vitório Chemin, João César, Horácio Matsuura e Fonrobert. Empatou com James Mann, Rocha e Mena Barreto. Perdeu para Milos, Castro, Aron Corrêa e Segal. João César – venceu Bianor, Marco Asfora, Belfort, Etênio Ticianeli e César Soares. Empatou com Rocha, James Mann, Boere, Trois e Paolozzi. Perdeu para Resende, Segal e Filguth. O campeão brasileiro de 1984, Gilberto Milos Júnior nasceu em São Paulo (SP) no dia 30 de outubro de 1963. Aprendeu xadrez com o pai. Depois, começou a jogá-lo com os amigos do Colégio Pequenópolis. No início de 1978, aos 14 anos de idade, conquistou o Paulista Juvenil. Logo em seguida, participou do Campeonato Brasileiro da categoria em Vacaria (RS), ocupando a terceira colocação (o campeão foi José Soares Másculo; e o vice-campeão, Jerônimo Pimenta). Gilberto Milos foi bicampeão brasileiro de cadetes em 1979 e 1980. Tricampeão brasileiro juvenil 1981/1982/1984. Conquistou o Campeonato Brasileiro principal seis vezes: 1984, 1985, 1986, 1989, 1994 e 1995. Venceu o Zonal Sul-Americano em 1987 e 2007. Conquistou o Torneio Aberto de Mar Del Plata (Argentina) em 1999. Foi campeão paulista em 2002. Conseguiu o título de Mestre Internacional em 1984. O de Grande Mestre Internacional em 1988. Escreveu dois livros sobre xadrez: “Karpov x Kamsky” e “Xeque e Mate” PARTIDAS DO BRASILEIRO 1984 Gilberto Milos 1 x 0 Edson Tsuboi Gilberto Milos 1 x 0 Rubens Filguth Alexandru Segal 1 x 0 Aron Corrêa Herman Claudius 1 x 0 Belfort Mattos |
Campeonato Brasileiro 1985 Campeão: Gilberto Milos Júnior (SP) Vice-campeão: Alexandru Segal (SP) Local: Brasília (DF) Totalmente aberto, sem limite de pontuação de rating, a fase final do Campeonato Brasileiro de 1985, realizada no Torre Palace Hotel, em Brasília (DF), no período de 11 a 21 de abril de 1985, foi a maior participação numérica da história da fase final do Brasileiro. Oitenta e quatro enxadrista disputaram o título máximo, inclusive três mulheres (Jussara Chaves, Regina Ribeiro e Eliana de Souza), que, pela primeira vez, participavam dessa competição até então exclusiva para homens. O campeão foi Gilberto Milos, bisando o feito do ano anterior em Cabo Frio (RJ). A competição foi pelo Sistema Suíço em onze rodadas. A direção geral foi de Marcos Moenich, presidente da Federação Brasiliense de Xadrez. Os árbitros foram Friedrich Salamon e Alfredo Sangiorgi. Durante o campeonato, transcorreu a doença e morte do presidente eleito da República, Tancredo Neves. Quando sofreu a primeira cirurgia na véspera da sua posse, era realizada a quarta rodada do Brasileiro. O campeonato esteve para ser suspenso, mas prosseguiu até o final. A última rodada, 21 de abril, foi exatamente no dia do falecimento de Tancredo Neves. A classificação 1º) Gilberto Milos (SP), 8,5; 2º) Alexandru Segal (SP), 8; 3º) Alexandre de Castro (MG), 8; 4º) Rubens Filguth (PR), 7,5; 5º) Aron Corrêa (RS), 7,5; 6º) Sandro Heleno Trindade (DF), 7,5; 7º) Hélder Câmara (SP), 7,5; 8º) Ivan Boere de Souza (RS), 7,5; 9º) Antônio Carlos Resende (SP),7,5; 10º) Ricardo Gervásio (SP), 7,5; 11º) Haroldo Cunha (RJ), 7; 12º) Eduardo Limp (RJ), 7; 13º) Paulo César Haro (SP), 7; 14º) Antônio Rocha (SP), 7; 15º) Luís Mena Barreto (RS), 7; 16º) Sílvio Cunha Pereira (SP), 6.5; 17º) Vagner Madeira (SP), 6,5; 18º) Édson Tsuboi (SP), 6,5; 19º) Chow Manyee (SP), 6,5; 20º) Sílvio Lucena (CE), 6,5; 21º) Alberto Mascarenhas (RJ), 6,5; 22º) Ricardo Mercadante (RJ),6,5; 23º) James Mann de Toledo (SP), 6,5; 24º) José Costa Fernandes (RJ), 6,5; 25º) Luiz Gentil Júnior (CE), 6,5; 26º) André Cajal (SP), 6,5; 27º) Márcio Baeta (DF), 6,5; 28º) Francisco Trois (RS), 6; 29º) Jussara Chaves (SP), 6; 30º) Marco Asfora (PE), 6; 31º) Marcos Silveira (DF), 6; 32º) Adriano Vale (DF), 6; 33º) Pedro Moraes Pinto (AM), 6; 34º) Roberto Del Bosco (SP), 6; 35º) Eugênio Garcia (GO), 6; 36º) Paulo Florêncio (SP), 5,5; 37º) Ricardo Teixeira (RJ), 5,5; 38º) Regina Ribeiro (SC), 5,5; 39º) Jorge Lemos (RJ), 5,5; 40º) Jorge Aramuni (MG), 5,5; 41º) Vanderelei Andrade (SP), 5,5; 42º) Plínio Câmara (CE), 5,5; 43º) Marcos Roland (DF), 5,5; 44º) João Paulo Gomes (SP), 5,5; 45º) Eliana Aparecida de Souza (SP), 5,5; 46º) Luiz Tavares (PE), 5,5; 47º) Carlos Refskalevsky (AM), 48º) Auriberto Ticianeli (SC), 5,5; 49º) Wang Ying (DF), 5,5; 50º) Eduardo Arruda (RJ), 5; 51º) Guilherme Junqueira (SP), 5; 52º) José Antônio Rosa (SP), 5; 53º) Aníbal Lobo (AM), 5; 54º) Bianor da Silva Dantas (PA), 5; 55º) Joaquim Guerra (RN), 5; 56º) Fernando Vasconcelos (DF), 5; 57º) João Maria Pires (RN), 5; 58º) Tarcísio Carneiro (DF), 5; 59º) Gabriel Santos (DF), 5; 60º) José Pedro Araújo (PE), 4,5; 61º) Célio Melo (CE), 4,5; 62º) Alberto Souza (DF), 4,5; 63º) José Lindote (MT), 4,5; 64º) Mário Damião (GO), 4,5; 65º) Carlos Vieira (DF), 4,5; 66º) Geraldo Lima (DF), 4,5; 67º) Paulo Bueno (DF), 4,5; 68º) Guilherme de Paula (DF), 4; 69º) José Magalhães (AM), 4; 70º) Reinaldo Miranda Leão (AM), 4; 71º) Francisco Serra Azul (DF), 4; 72º) Pedro Segundo da Costa (BA), 4; 73º) Henrique Serra Azul (DF), 4; 74º) Valter Coelho (DF), 4; 75º) Marcelo Ramalhete (DF), 4; 76º) Ulisses Rocha (AM), 3,5; 77º) Édson Brenner (SP), 3; 78º) Carlos Ribeiro (DF), 3; 79º) Emanuel Magalhães (DF), 3; 80º) Henrique Carneiro (DF), 2,5; 81º) José Nogueira (DF), 2,5; 82º) Luiz Carlos Oliveira (DF), com 2,5 pontos. Carlos Eduardo Gouveia fez 4,5 pontos, mas foi eliminado por faltar as três últimas rodadas. José Eduardo Vincenzo também foi eliminado. Resultados dos principais colocados Milos – venceu Mercadante, Gervásio, Limp, Marco Asfora, Haroldo Cunha e Sandro Heleno. Empatou com Paulo Haro, Segal, Filguth, Castro e Aron Corrêa. Segal – venceu Pedro Segundo, José Fernandes, Hélder, Aron Corrêa e Trois. Empatou com Marco Asfora, Castro, Milos, Filguth, Boere e Sandro Heleno. Alexandre Castro – venceu Guerra, Del Bosco, Antônio Rocha, Mayee e Hélder. Empatou com Ricardo Teixeira, Segal, Sílvio Pereira, Milos, Filguth e Boere. Filguth – venceu Cajal, Roland, Sílvio Pereira, Tsuboi e Haroldo Cunha. Empatou com Limp, Milos, Segal, Castro e Antônio Rocha. Perdeu para Aron Corrêa. Aron Corrêa – venceu Aramuni, Pedro Moraes, Mascarenhas, Filguth, Mercadante e Limp. Empatou com Boere, Antônio Rocha e Milos. Perdeu para Haroldo Cunha e Segal. Sandro Heleno Trindade – venceu Junqueira, Plínio, Boere, Sílvio Lucena, Tsuboi e Sílvio Pereira. Empatou com Paulo Haro, James Mann e Segal. Perdeu para Haroldo Cunha e Milos. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1985 Gilberto Milos 1 x 0 Ricardo Mercadante Gilberto Milos 1 x Ricardo Gevársio Eduardo Limp 0 x 1 Gilberto Milos Gilberto Milos 1 x 0 Marco Asfora |
Campeonato Brasileiro 1986 Campeão: Gilberto Milos Júnior (SP) Vice-campeão: Rubens Filguth (PR) Local: Guaranhuns (PE)
Igualando em pontos ganhos com o MI Rubens Filguth, o então também Mestre Internacional Gilberto Milos levou vantagem sobre o adversário na contagem dos milésimos e conquistou invicto o Campeonato Brasileiro de 1986. Com essa vitória, Milos tornou-se tricampeão nacional invicto: em 1984 (7 vitórias e 6 empates), em 1985 (6 vitórias e 5 empates) e em 1986 (5 vitórias e 6 empates). O MI Antônio Rocha abandonou a prova, após a terceira rodada, por motivo de doença. A final do Campeonato Brasileiro de 1986 foi pelo Sistema Suíço em onze rodadas, no Hotel Tavares Corrêa, em Guaranhuns (PE), no período de 13 a 24 de setembro de 1986. No mesmo local e data, foi disputado o Campeonato Brasileiro Feminino, cuja vencedora foi a mineira Maria Cristina de Oliveira, que representou Brasília. As competições foram patrocinadas pela Fundesp e Casas Pernambucanas. A direção geral foi do novo presidente da CBX, Luiz Tavares da Silva. Os árbitros foram Alfredo Sangiorgi e Friedrich Salamon. A fase final do campeonato foi semi-aberta. Tinham direito de inscrição: os dez enxadristas classificados pela semifinal, os ex-campeões brasileiros, os Mestre Internacionais, jogadores com rating igual ou superior a 2300 e três representantes da Federação Pernambucana, anfitriã da competição. Jaime Sunye Neto não participou. Com uma norma para GM, ele já tinha assegurado o lugar de primeiro tabuleiro na equipe brasileira, que disputaria as Olimpíadas de Dubai (Emirados Unidos). Aliás, foi nessa olimpíada que Sunye obteve o título de Grande Mestre. O vice-campeão brasileiro de 1986, Rubens Alberto Filguth (foto), nasceu em São Paulo (SP) em 4/3/1956. Conquistou o título de Mestre Internacional em 1983. Foi campeão paranaense em 1985. Foi presidente da Federação de Xadrez do Estado de Goiás. Editou a revista de xadrez “Preto & Branco” de 1985 a 1991. Escreveu muitos livros sobre xadrez, com destaque para “KxK, a Perestroika no Tabuleiro”, “Mequinho, o Perfil de um Gênio”, “Xadrez de A a Z” e “A Importância do Xadrez”. A semifinal do campeonato de 1986 foi realizada no Rio de Janeiro (Hotel Atlântico Sul – Barra da Tijuca), no período de 26 de abril a 6 de maio de 1986, sob a direção de Ricardo Teixeira e Eduardo Arruda. A competição contou com 98 participantes, pelo Sistema Suíço em onze rodadas. Os melhores colocados foram: 1º) Édson Tsuboi (SP), 8; 2º) Gerd Fonrobert (DF), 8; 3º) Luís Mena Barreto (RS), 8; 4º) Ricardo Teixeira (RJ), 8; 5º) Vagner Madeira (SP), 8; 6º) Paulo César Haro (SP), 8; 7º) Francisco Terzian (SP), 7,5; 8º) James Mann de Toledo (SP), 7,5; 9º) Luiz Gentil Júnior (CE), 7,5; 10º) Herbert Carvalho (SP), 7,5; 11º) Everaldo Matsuura (PR), 7,5; 12º) Mário Iwakura (RS), 7,5; 13º) Peter Toth (RJ), 7,5; 14º) Sílvio Cunha Pereira (SP), 7,5; 15º) Vitório Chemin (SC), 7; 16º) Chow Manyee (SP), 7; 17º) Wagner Borges (SC), 7; 18º) Sadi Dumont (RJ), 7; 19º) Davi Sokolic (RJ), 7; 20º) Ricardo Gervásio (SP), 7; 21º) Carlos Alberto Sega (SP), 7; 22º) José Soares Másculo (RJ), 6,5; 23º)Eduardo Palmeira (RS), 6,5; 24º) Martin Afonso Haro (SC), 6,5; 25º) Ricardo Mercadante (RJ), 6,5; 26º) Pedro Moraes Pinto (AM), 6,5; 27º) Vanderlei Andrade (SP), com 6,5 pontos. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1986 Gilberto Milos 1 x 0 Hermes Amílcar Alexandre de Castro 0 x 1 Gilberto Milos Márcio Miranda 1 x 0 Haroldo Cunha Herman Claudius 1 x 0 Herbert Carvalho |
Campeonato Brasileiro 1987 Campeão: Carlos Eduardo Gouveia (RJ) Vice-campeão: Vitório Chemin (SC) Local: Canela (RS)
O Campeonato Brasileiro de 1987 foi realizado no Centro de Lazer do SESI, na aprazível cidade gaúcha de Canela, no período de 2 a 20 de novembro de 1987. O diretor geral foi o MI Francisco Trois, na época presidente da Federação Gaúcha de Xadrez. Trois foi auxiliado por Telmo Mayer. Os árbitros foram Hector Nazzari e Carlos Calleros. O campeão foi o carioca Eduardo Gouveia. O vice-campeão foi o paranaense Vitório Chemin, representando o Estado de Santa Catarina. O vice-campeão brasileiro de 1987, Vitório Chemin, nasceu em Ibituva (PR) em 9/5/1950. Foi campeão paranaense em 1971, 1972 e 1974. Paralelamente ao masculino, foi efetuado também em Canela o Campeonato Brasileiro Feminino de 1987. Regina Ribeiro (SC) e Jussara Chaves (SP) terminaram empatadas em primeiro lugar. Depois, Regina conquistou o título de campeã em match extra. As duas competições foram organizadas e patrocinadas pela Federação Gaúcha e Prefeitura Municipal de Canela. Em 1987, a final do Brasileiro voltou a ser pelo sistema de emparceiramento schuring. Ao assumir a presidência da CBX em 1986, Luiz Tavares da Silva aboliu os abertões na fase final e criou uma prova separada para qualquer enxadrista do País: O Campeonato Aberto do Brasil. Em 1986, em Brasília, o campeão do aberto foi César Soares Filho. Em 1987, também em Brasília, Aron Antunes Corrêa venceu o II Aberto do Brasil. Com essa vitória, Aron ganhou o direito de participar da fase final do Brasileiro de 1987. Além de Aron e os classificados pela semifinal, a final do Brasileiro de 1987 contou com a participação do MI Rubens Filguth, por ser o vice-campeão de 1986; Eduardo Gouveia e Alexandre de Castro, pelo rating da CBX; e Eduardo Palmeira, que representou o Rio Grande do Sul. A semifinal do Brasileiro foi realizada de 8 a 16 de agosto de 1987, no Hotel Belmar, Salvador (BA), pelo Sistema Suíço em nove rodadas. A direção foi de Adolfo Liberato, presidente da Federação Baiana; e a arbitragem de Friedrich Salamon e Alfredo Sangiorgi. O campeão da semifinal foi o gaúcho Paulo Sérgio de Oliveira, que desistiu de participar da fase final. Com a desistência também de Gilberto Milos, campeão brasileiro de 1986, a semifinal classificou onze enxadristas aos invés dos dez programados. Os melhores colocados entre os 101 participantes da semifinal foram: 1º) Paulo Sérgio de Oliveira (RS), 7; 2º) Eduardo Limp (SP), 6,5; 3º) Antônio Carlos Resende (SP), 6,5; 4º) Vitório Chemin (SC), 6,5; 5º) Cícerto Nogueira Braga (SP), 6,5; 6º) Antônio Rocha (SP), 6,5; 7º) Wagner Borges (MA), 6,5; 8º) Édson Tsuboi (SP), 6,5; 9º) Rodolofo Araújo (PE), 6,5; 10º) Sandro Heleno Trindade (DF), 6,5; 11º) Ricardo Teixeira (RJ), 6,5; 12º) Sílvio Lucena (CE), 6,5; 13º) Chow Manyee (SP), 6; 14º) Milton Braitt (SC), 6; 15º) Peter Toth (RJ), com 6 pontos. Carlos Eduardo Gouveia viajou para Canela sem certeza de poder disputar o Brasileiro. Não conseguira ficar entre os dez classificados da semifinal (fora o décimo sétimo colocado). Não tinha esperança em obter ainda um lugar por esse critério em possíveis desistências, pois nada menos do que sete enxadristas teriam que abdicar desse direito. Pelo item de maiores ratings, sua situação também não era boa, porque era o nono da lista de rating da CBX, antes do início do campeonato. Porém, para a seleção por esse item, só seis estavam na sua frente, já que Milos (2490) e Filguth (2410) tinham direito de participar não pelo rating; mas sim por serem, respectivamente, campeão e vice-campeão de 1986. Outros cinco grandes ratings da CBX – Sunye (2500), Paolozzi (2410), Segal (2391), Trois (2390) e Herman (2384) não se inscreveram na final. Então, as duas vagas pelo rating ficaram com Alexandre de Castro (2390) e Carlos Eduardo Gouveia (2370). Essa perseverança em buscar algo aparentemente perdido é a principal característica da carreira enxadrística de Gouveia. Assim, conseguiu mais um título de campeão. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1987 Eduardo Gouveia 1 x 0 Edson Tsuboi Sandro Heleno Trindade 0 x 1 Eduardo Gouveia Rubens Filguth 0 x 1 Eduardo Gouveia Eduardo Gouveia 1 x 0 Aron Corrêa |
Campeonato Brasileiro 1988 Campeão: Herman Claudius van Riemsdijk (SP) Vice-campeão: Cícero Nogueira Braga (SP) Local: São Paulo (SP)
A fase final do Campeonato Brasileiro de 1988, promovida pela Federação Paulista de Xadrez, no período de 5 a 23 de setembro de 1988, foi marcada por desistências e disputas extratabuleiro. Cícero Nogueira Braga chegou a ser considerado o campeão brasileiro de 1988 pelo Comitê de Apelação. A decisão final do problema foi do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBX que ocasionou o match entre Cícero e Herman Claudius. Essa pugna extra foi ganha por Herman por 3,5 a 2,5. Assim, ele conquistou mais um título do Brasileiro. O GM Jaime Sunye, na época presidente da CBX, não participou da competição. Francisco Cavalcanti, da Paraíba, foi o vencedor da fase semifinal e, indiretamente, a causa das divergências na fase final. A final começou com o total de 16 participantes, mas terminou com treze. Da semifinal classificaram dez enxadristas: Cavalcanti, Herman, Matsuura, Hélder, Cícero, Segal, Mann, Ricardo Teixeira, Darcy Lima e Antônio Rocha (Darcy e Rocha entraram na final por motivo das desistências dos classificados Carlos Martinez e Francisco Trois). Os outros seis finalistas foram: Eduardo Gouveia (por ser campeão brasileiro de 1987), Vitório Chemin (vice-campeão brasileiro de 1987), Antônio Carlos Resende (vencedor do Campeonato Aberto do Brasil de 1988), Hermes Amílcar (pelo rating), Alexandre de Castro (pelo rating) e Édson Tsuboi (representante de São Paulo, federação promotora da competição). Três enxadristas não completaram a fase final, e seus pontos não foram computados de acordo com o regulamento. O campeão do ano anterior, Carlos Eduardo Gouveia, desistiu após a segunda rodada: derrota para Herman e empate com Ricardo Teixeira. O MI Hélder Câmara, na quarta rodada: derrotas para Herman e James Mann e empates com Teixeira e Resende. Francisco Cavalcanti jogou sete partidas: perdeu para Cícero, James Mann, Tsuboi, Hermes, Rocha e Segal. Empatou somente com Herman Claudius. Foi exatamente esse meio ponto o estopim da crise ao término da fase final. O árbitro Carlos Alberto Calleros decidiu pela não contagem dos pontos de Cavalcanti, porque o enxadrista paraibano não atingira os 50 por cento de partidas jogadas de acordo com o regulamento. O Comitê de Apelação revogou a decisão do árbitro, pois achava que, com as desistências de Gouveia e Hélder, a competição passou a ter 14 participantes. Assim, Cavalcanti alcançava os 50 por cento necessários. O STJD da CBX, porém, julgou improcedente a deliberação do Comitê de Apelação. Com isso, Cícero e Herman teriam que jogar o match extra. A semifinal foi disputada em Goiânia (GO) de 2 a 10 de junho de 1988, sob a arbitragem do MI Rubens Filguth. A competição foi pelo Sistema Suíço em nove rodadas, com 70 participantes com rating superior a 2200 e os classificados nos torneios zonais. Os principais colocados da semifinal foram: 1º) Francisco Cavalcanti (PB), 6,5; 2º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 6,5; 3º) Everaldo Matsuura (PR), 6; 4º) Hélder Câmara (SP), 6; 5º) Cícero Nogueira Braga (SP), 6; 6º) Alexandru Segal (SP), 6; 7º) Carlos Martinez (SP), 6; 8º) Francisco Trois (RS), 6; 9º) James Mann de Toledo (SP), 6; 10º) Ricardo Teixeira (RJ), 6; 11º) Darcy Gustavo Lima (RJ), 6; 12º) Antônio Rocha (SP), 6; 13º) Édson Tsuboi (SP), 6; 14º) Luís Mena Barreto (SC), 6; 15º) Christian Toth (RJ), 6; 16º) Hermes Amílcar (RJ), 5,5; 17º) Renan Levi (SC), 5,5; 18º) Dirk Dagobert van Riemsdijk (SP), 5,5; 19º) Paulo César Haro (SP), 5,5; 20º) Luiz Loureiro (RJ), 5,5; 21º) Sílvio Cunha Pereira (SP), com 5,5 pontos. O match desempate pelo título de campeão brasileiro de 1988, por causa da questão judicial demorou alguns meses para começar. Foi efetuado de 11 a 22 de maio de 1989, na Universidade de Guarulhos (SP). O MI Herman Claudius van Riemsdijk conquistou o título ao vencer o então Mestre FIDE Cícero Nogueira Braga por 3,5 a 2,5 em seis partidas (cinco empates e vitória de Herman na sexta partida). A organização foi da Secretaria de Esportes e Turismo do município de Guarulhos. A direção foi de Wilson Davi. Os árbitros foram Alexandru Segal e Paulo Ricardo Faria. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1988 Edson Tsuboi 1 x 0 Herman Claudius Alexandru Segal 0 x 1 Cícero Braga Cícero Braga 0,5 x 0,5 Herman Claudius Match extra – 5a. partida Herman Claudius 1 x 0 Cícero Braga Match extra – 6a. partida |
Campeonato Brasileiro 1989 Campeão: Gilberto Milos Júnior (SP) Vice-campeão: Jaime Sunye Neto (PR) Local: Fortaleza (CE)
O Campeonato Brasileiro de 1989, realizado no BNB Clube, em Fortaleza (CE), no período de 18 a 31 de agosto de 1989, foi o primeiro da história da competição a ter jogadores com o título de Grande Mestre Internacional: Jaime Sunye e Gilberto Milos. Nas participações em campeonato passados, eles ainda não eram GMs. Nem Mequinho possuía o título nos dois campeonatos que atuou. O campeonato foi patrocinado pelo Banco Nordeste do Brasil. A coordenação geral foi de Licínio Corrêa, presidente da Federação Cearense de Xadrez. Os diretores foram Expedito Sales e Emanuel Costa. O árbitro foi Carlos Alberto Benevides. Foi a quinta vez que a capital do Ceará sediou a final do Brasileiro. As outras foram em 1951, 1960, 1971 e 1979. Todas elas com excelentes organizações. Gilberto Milos jogou em grande estilo e dominou a prova até conquistar o título por antecipação. Quase conseguiu a formidável marca de cem por cento de aproveitamento. Porém, na última rodada, já campeão, perdeu para Sunye. Este também não teve dificuldades para obter o vice-campeonato e foi o único invicto da competição. Milos, Sunye e Tsuboi classificaram-se diretamente para o Zonal Sul-Americano. Herman Claudius também conseguiu a vaga ao vencer match-extra com Sadi Dumont por 2,5 a 0,5. O Zonal Sul-Americano foi em São Paulo de 23 de novembro a 3 de dezembro de 1989. O campeão foi Jaime Sunye, e o vice-campeão foi Herman Claudius (ambos conseguiram as vagas para o Interzonal). Gilberto Milos ficou em quarto lugar, atrás do GM argentino Daniel Campora. Em 1989, a fase final do Brasileiro voltou a ter apenas doze participantes, que é a melhor fórmula de disputa para a mais tradicional prova nacional (porém, não era usada desde o campeonato de 1978). Sunye e Milos ganharam a vaga pelo rating. Herman por ser o campeão brasileiro do ano anterior. Dagobert por ser o vencedor do Campeonato Aberto do Brasil de 1989. Sílvio Lucena foi o representante da Federação Cearense, promotora do evento. Sete foram selecionados pela semifinal: Sadi Dumont, Tsuboi, Peter Toth, Herbert, Chemin, Hermes Amílcar e Mauro Guimarães. A fase semifinal foi realizada em João Pessoa (PB) no período de 3 a 11 de junho de 1989, pelo Sistema Suíço em nove rodadas. A competição contou com o total de 67 enxadristas. Os melhores colocados foram: 1º) Sadi Glasser Dumont (RJ), 6,5; 2º) Édson Kenji Tsuboi (SP), 6,5; 3º) Peter Toth (RJ), 6,5; 4º) Herbert Abreu de Carvalho (SP), 6,5; 5º) Vitório Chemin (SC), 6,5; 6º) Hermes Amílcar Machado Júnior (RJ), 6,5; 7º) Mauri Guimarães de Souza (SP), 6,5; 8º) José Luís Agdamus (SP), 6,5; 9º) James Mann de Toledo (SP), 6; 10º) Renato Andrade Santos (SP), 6; 11º) Luismar Brito (SP), 6; 12º) Antônio Carlos Resende (SP), 6; 13º) Francisco de Assis Cavalcanti (PB), 5,5; 14º) Ivan Boere de Souza (SC), 5,5; 15º) Everaldo Matsuura (SC), com 5,5 pontos. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1989 Gilberto Milos 1 x 0 Herbert Carvalho Herman Claudius 0 x 1 Gilberto Milos Vitório Chemin 0 x 1 Gilberto Milos Jaime Sunye 1 x 0 Gilberto Milos |
Campeonato Brasileiro 1990 Campeão: Roberto Tadashi Watanabe (SP) Vice-campeão: Sadi Glasser Dumont (RJ) Local: Porto Alegre (RS)
Após 43 anos do histórico de 1947, o primeiro Brasileiro fora do eixo Rio – São Paulo, a cidade de Porto Alegre voltou a ser sede do campeonato. O Campeonato Brasileiro de 1990 foi organizado pela Federação Gaúcha de Xadrez, no período de 4 a 17 de outubro de 1990. O árbitro foi Ítalo Germano Travi, auxiliado por Antônio Crespo e João Carlos Assis. A direção esteve a cargo de Antônio Frisina. O paulista Roberto Watanabe conquistou o título com dois pontos de vantagem sobre Sadi Dumont (o vice-campeão no desempate pelo sonneborn-berger), Aron e Trois. O ano de 1990 marcou uma série de triunfos de Watanabe. Em janeiro, venceu invicto o Campeonato Aberto do Brasil (147 participantes), conseguindo a vaga para a final do Brasileiro. Depois, em maio, no Rio de Janeiro, ganhou o tricampeonato brasileiro juvenil. Finalmente, em outubro, obteve o título do Brasileiro Absoluto. O gaúcho Francisco Trois, único participante com o título de Mestre Internacional, era considerado o favorito, pela sua experiência e por atuar em casa. Porém, ficou em quarto lugar. A competição não contou com outros fortes ases do xadrez nacional, porque a equipe brasileira para a Olimpíada de Novi Sad (Iugoslávia) estava escalada antecipadamente: Milos, Sunye, Darcy, Herman, Aron e Tsuboi. Roberto Watanabe participou da final do Brasileiro por ter sido o campeão do Aberto do Brasil. Trois e Cavalcanti pelo rating. O gaúcho Paulo de Oliveira representou a federação promotora. Watanabe perdeu para Tsuboi na terceira rodada. A partir daí, dominou a competição e foi campeão na décima rodada ao vencer Francisco Trois. A semifinal do Brasileiro foi em Fortaleza (CE), no período de 15 a 22 de junho de 1990, sob a arbitragem de Alfredo Sangiorgi, auxiliado por Sérgio Farias, Contou com 74 participantes, pelo Sistema Suíço em nove rodadas. O campeão foi Aron Antunes Corrêa. A prova, a princípio, selecionava sete enxadristas para a final, mas houve mais uma vaga para ser disputada, pois o campeão do ano anterior (Gilberto Milos) avisou que não iria participar da fase final. Três dos classificados pela semifinal (Rocha, Segal e Herman) também abriram mão da fase final (Herman, inclusive, logo após o término da semifinal, seguiu para as Filipinas, a fim de participar, junto com Sunye, do Interzonal de Manila). Assim, os outros enxadristas até o 11º lugar tiveram direito de jogar a fase final. Os principais colocados entre os 74 participantes da semifinal foram os seguintes: 1º)Aron Antunes Corrêa (SP), 6,5; 2º) Christian Toth (RJ), 6,6; 3º) Antônio Rocha (SP), 6,5; 4º) Sadi Dumont (RJ), 6,5; 5º) Alexandru Segal (SP), 6; 6º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 6; 7º) Ricardo Teixeira (RJ), 6; 8º) Marco Asfora (PE), 6; 9º) Édson Tsuboi (SP), 6; 10º) Adriano Rodrigues (SP), 6; 11º) Peter Toth (RJ), 6; 12º) Martin Afonso Haro (SC), 6; 13º) Mauro de Souza Guimarães (SP), 6; 14º) Bianor da Silva Dantas (PA), 6; 15º) Herbert Carvalho (SP), 5,5; 16º) Hermes Amílcar (RJ), 5,5; 17º) Carlos Martinez (SP), 5,5; 18º) Djalma Catropa (SP), 5,5; 19º) Dirk Dagobert van Riemsdijk (SP), 5,5; 20º) Jefferson Pelikian (SP), 5,5; 21º) Antônio Carlos Resende (SP), 5,5; 22º) Cícero Nogueira Braga (SP), 5,5; 23º) Vagner Madeira (SP), 5; 24º) Gerardo Frota (CE), com 5 pontos. O campeão brasileiro de 1990, Roberto Tadashi Watanabe, nasceu em Osasco (SP) em 6 de julho de 1972. Aprendeu a jogar xadrez aos sete anos de idade com um tio. Aperfeiçoou o jogo na Escola de Xadrez de Osasco, com os enxadristas Vagner Madeira e Antônio Carlos Resende. Foi campeão brasileiro de cadetes em 1988. Tricampeão brasileiro juvenil em 1988/1989/1990. Em 1989, em Porto Rico, a FIDE homologou seu título de Mestre FIDE por ter sido co-campeão pan-americano de cadetes. Em 1990, em Campo Grande (RS), ganhou invicto o Campeonato Aberto do Brasil. Em 1991, conquistou o título de Mestre Internacional ao vencer o Campeonato Pan-Americano Juvenil, em Bariloche (Argentina). O vice-campeão brasileiro de 1990, Sadi Glasser Dumont, nasceu em São Paulo (SP) em 12/1/1957. Veio morar no Rio de Janeiro, onde aperfeiçoou o seu xadrez. No início da década de 1970, frequentou a escolinha de xadrez da AABB-Lagoa, juntamente com Eduardo Limp. Foi campeão carioca em 1988 e 2006. Campeão estadual do Rio de Janeiro em 2000. É Mestre da FIDE. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1990 Aron Corrêa 1 x 0 Roberto Watanabe Francisco Trois 0 x 1 Roberto Watanabe Roberto Watanabe 1 x 0 Christian Toth Edson Tsuboi 1 x 0 Roberto Watanabe |
Campeonato Brasileiro 1991 Campeão: Everaldo Matsuura (SC) Vice-campeão: Aron Antunes Corrêa (SP) Local: Bebedouro (SP) O Campeonato Brasileiro de 1991 foi realizado no Bebedouro Shopping justify, na cidade de Bebedouro (SP), no período de 3 a 17 de agosto de 1991. A direção foi de José Renato Aguiar. A arbitragem esteve a cargo de Paulo Ricardo de Faria. O campeão foi o paranaense Everaldo Matsuura, que representou Santa Catarina, onde estava radicado. Para chegar ao título, ele triunfou em quatro matches eliminatórios: contra Segal, Herman, Cícero e Aron. O Campeonato Brasileiro de 1991 deixou de lado o excelente sistema schuring de doze participantes do ano anterior para copiar o modelo usado pela US Chess Federation no Campeonato dos Estados Unidos de 1990. O esquema de matches, cujas partidas desempates tinham tempo de reflexão progressivamente reduzidos (inclusive, série de blitz de cinco minutos), não agradou a maiorias dos enxadristas. Muitos deles deixaram de participar da final, embora com direito pelo rating. A fase semifinal também foi em Bebedouro de 8 a 14 de junho de 1991, sob a arbitragem de Carlos Calleros e Eduardo Arruda. O vencedor foi o baiano Daniel Cerqueira Góes. Outros classificados pela semifinal: Antônio Resende, Vescovi, Aron Corrêa, Tsuboi, além de Matsuura e James Mann classificados no torneio nocaute, que se seguiu à semifinal. O MI Francisco Trois e o MF Cícero Braga não conseguiram passar por essas fases. Cícero, porém, conseguiu a vaga depois ao vencer a Copa dos Campeões Estaduais de 1991. Herman Claudius participou da fase final por ter vencido o Campeonato Aberto do Brasil de 1991. Roberto Watanabe por ter sido o campeão brasileiro do ano anterior. O total de 16 participantes foi completado pelos maiores ratings da CBX por enxadristas presentes no dia do emparceiramento. A fase final foi dividida em quatro etapas: oitavas-de-final, quartas-de-final, semifinais e final. A classificação, após essas etapas: 1º) Everaldo Matsuura (SC), 2º) Aron Antunes Corrêa (SP); 3º) Cícero Nogueira, 4º) Édson Tsuboi; 5º) (perdedores das quartas-de-final) Herman Claudius (SP), Roberto Watanabe (SP), Christian Toth (RJ), Giovanni Vescovi (SP); 9º) (perdedores das oitavas-de-final) Daniel Góes (BA), Antônio Carlos Resende (SP), James Mann de Toledo (SP), Vagner Madeira (SP), Rodrigo Disconzi (PR), Alexandru Segal (SP), Eduardo Arruda (RJ) e Carlos Martinez (SP). OITAVAS-DE-FINAL – matches de duas partidas com o tempo de reflexão de uma hora para cada 20 lances. Em caso de empate, mais série de duas partidas até ser conhecido o vencedor: a primeira com uma hora nocaute para cada jogador, a seguinte com 30 minutos também nocaute para cada jogador, as demais na modalidade relâmpago de cinco minutos. Os cinco matches das oitavas foram decididos sem precisar das séries extras: Herman 1,5 a 0,5 Góes, Aron 2 a 0 Madeira, Christian 1,5 a 0,5 Disconzi, Tsuboi 2 a 0 Arruda e Vescovi 1,5 a 0,5 Martinez. Dois matches precisaram do desempate de uma hora: Matsuura 2,5 a 1,5 Segal e Cícero 3 a 1 James Mann. Um match foi decidido no desempate de 30 minutos: Watanabe 3,5 a 2,5 Antônio Resende. QUARTAS-DE-FINAL – Com o mesmo esquema das oitava. Apenas um match não precisou da série desempate: Matsuura 1,5 a 0,5 Herman. Um match no desempate de uma hora: Aron 2,5 a 1,5 Christian. Outro, no desempate de 30 minutos: Tsuboi 4 a 2 Vescovi. O match Cícero 7,5 a 6,5 Watanabe precisou de 14 partidas para a definição, inclusive oito partidas de cinco minutos. SEMIFINAIS – matches de quatro partidas iniciais com o tempo de uma hora para cada 20 lances. Em caso de empate, uma série de duas partidas de uma hora nocaute. Persistindo o empate, séries de quatro partidas relâmpago de cinco minutos até ser conhecido o vencedor. Aron ganhou Tsuboi por 2,5 a 0,5, no match inicial. Matsuura venceu Cícero por 3,5 a 2,5, na segunda série. FINAL – Com esquema de disputa da semifinal. Matsuura conquistou o título ao vencer Aron por 3 a 1 (vitórias na primeira, segunda e quarta partidas; e derrota na terceira). Na decisão do terceiro lugar, Cícero ganhou Tsuboi por 6,5 a 4,5. O campeão brasileiro de 1991, Everaldo Matsuura, nasceu em Maringá (PR) no dia 1º de outubro de 1970. Pertence a uma família bastante dedicada à arte de Caissa. Seu pai, Queenti Matsuura, já ocupou o cargo de presidente da Federação Paranaense de Xadrez. Seus irmãos, Horácio e Frederico, são fortes jogadores do País e já foram campeões do Paraná. Assim, aprendeu a jogar xadrez na infância. Everaldo Matsuura foi campeão brasileiro de cadetes em 1986. Conquistou cinco vezes o título de campeão brasileiro de jovens com menos de 26 anos de idade. Quando conquistou o título de campeão brasileiro de 1991, Matsuura trabalhava em Jaraguá do Sul (SC) e jogava xadrez em Santa Catarina. Depois, foi morar em São Paulo, onde foi campeão paulista em 1998 e 2000. Foi campeão pan-americano em 1993. Foi campeão paranaense em 2002; e campeão catarinense em 2003. Em 1996, conquistou o título de Mestre Internacional. Foi vice-campeão brasileiro em 2001 e 2003. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1991 Everaldo Matsuura 1 x 0 Aron Corrêa Match final – 1a. partida Aron Corrêa 0 x 1 Everaldo Matsuura Match final – 2a. partida Everaldo Matsuura 0 x 1 Aron Corrêa Match final – 3a. partida Aron Corrêa 0 x 1 Everaldo Matsuura Match final – 4a. partida |
Campeonato Brasileiro 1992 Campeão: Darcy Gustavo Machado Vieira Lima (RJ) Vice-campeão: James Mann de Toledo (SP) Local: Curitiba (PR)
O Campeonato Brasileiro de 1992 foi disputado no Clube de Xadrez de Curitiba, no período de 9 a 19 de dezembro de 1992. O árbitro foi Carlos Alberto Calleros, auxiliado por Adwilhans Luciano de Souza e Anderson Dias. A direção geral esteve a cargo de Cláudio Tonegutti. O campeão foi o então MI Darcy Gustavo Lima. Na época, Darcy morava com a família no bairro carioca de Jardim Botânico, mas também tinha residência em Curitiba. Além disso, era contratado pelo Esporte Clube Pinheiros de São Paulo. Suas viagens para os três Estados brasileiros eram constantes. O vice-campeão foi o paulista James Mann de Toledo, que conseguiu na competição a segunda norma para o título de Mestre Internacional. Darcy e James Mann obtiveram também no Brasileiro a classificação para o Zonal Sul-Americano de 1993. O Mestre Internacional Sandro Heleno Trindade ocupou o terceiro lugar. Os outros dois participantes com o título de MI (Herman e Segal) não foram bem no Campeonato. Herman Claudius vinha de excelente atuação na Copa Latina, em Bogotá (Colômbia), onde fora vice-campeão, atrás de Gilberto Milos. Herman conseguiu nessa competição uma norma para o título de GM. No Brasileiro, entretanto, ficou em sexto lugar. Alexandru Segal, vencedor da Copa dos Campeões de 1992 (competição que lhe valera a entrada na fase final do Brasileiro), foi o antepenúltimo colocado em Curitiba. A semifinal do campeonato foi realizada no Hotel Karajás, em Goiânia (GO), n período de 16 a 21 de abril de 1992. O vencedor foi o carioca radicado em Campinas Hermes Amílcar Machado Júnior. A competição foi pelo Sistema Suíço em nove rodadas, sob arbitragem de Renato Gino Genovesi. Contou com o total de 68 participantes e selecionou cinco enxadristas para a fase final. Com as desistências de Hermes Amílcar e Cassius Camilo Ramos, entraram para a fase final o sexto e sétimo colocador, Wagner Madeira e James Mann de Toledo. Os melhores colocados entre os 68 participantes da fase semifinal foram: 1º) Hermes Amílcar (SP), 7; 2º) Djalma Marcondes Catropa (SP), 6,5; 3º) Cassius Camilo Ramos (SP), 6,5; 4º) Sandro Heleno Trindade (DF), 6,5; 5º) Aron Antunes Corrêa (SP), 6,5; 6º) Wagner Martins Madeira (SP), 6,5; 7º) James Mann de Toledo (SP), 6,5; 8º) Adriano Rodrigues (SP), 6,5; 9º) Giovanni Portilho Vescovi (SP), 6,5; 10º) Paulo César Haro (SP), 6; 11º) Rodrigo Disconzi (PR), 5,5 (Disconzi participou da final como representante da federação promotora); 12º) Adriano Souza (DF), 5,5; 13º) Sílvio Lucena (CE), 5,5; 14º) Francisco José dos Santos (MG), 5,5; 15º) Wellington Carlos Rocha (SP), 5,5; 16º) Roberto Assumpção (SP), 5,5; 17º) Eduardo Arruda Cunha (RJ), 5,5; 18º) Igor Steinhoff (SP), 5; 19º) Hélder Gaioso Pinto (GO), 5; 20º) Carlos Martins (PR), 5; 21º) Jefferson Pelikian (SP), 5; 22º) Rafael Leitão (MA), 5; 23º) Paulo Sérgio de Oliveira (RS), 5; 24º) Carlos Alberto Sega (SP), 5; 25º) Carlos Alberto Viana Júnior (SE), 5; 26º) Pedro Moraes Pinto (AM), 5; 27º) Luiz Gentil Júnior (CE), 5; 28) Carlos Alves Silva (DF), com 5 pontos. O campeão brasileiro de 1992, Darcy Gustavo Machado Vieira Lima, nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 22 de maio de 1962. Começou a jogar xadrez no antigo Satélite Clube do Banco do Brasil (atual AABB-Tijuca). Depois, foi para o Clube de Xadrez Guanabara. Ambos os clubes na cidade do Rio de Janeiro. Em 1980, em Fortaleza (CE), conquistou o Campeonato Brasileiro Juvenil, cujo vice-campeão foi o forte jogador paulista Marcos Paolozzi. Em 1981, foi campeão estadual do Rio de Janeiro. Também foi campeão carioca (município do Rio de Janeiro) em 1983 e 1987. Vem participando da Olimpíada Mundial de Xadrez desde 1988 (Tessalônica, Grécia). Em 1989, no Torneio Internacional de Salamanca (Espanha), conquistou o título de Mestre Internacional. O título de Grande Mestre foi obtido em 1997. Foi campeão brasileiro em 1992, 2002 e 2003. Foi campeão sul-americano em 2000 e 2003. Campeão pan-americano em 2007. Foi presidente da CBX de 1999 a 2004 e a partir de 2013. Escreveu os livros “Xadrez – Aprenda a jogar” e com parceria de Júlio Lapertosa: “Estratégia” e “O ABC das Aberturas”. O vice-campeão brasileiro de 1992, James Mann de Toledo, nasceu em Ribeirão Preto (SP) em 17/10/1960. Mudou-se para Maringá (PR), onde passou a infância e a adolescência. Em 1977, foi morar na cidade de São Paulo. Foi campeão paulista em 1985. Conquistou o título de Mestre Internacional em 1996. Em parceria com sua esposa Juliana Kamada, forte enxadrista paulista, escreveu o livro “Xadrez para todos”. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1992 Darcy Gustavo Lima 1 x 0 Wagner Madeira Darcy Gustavo Lima 1 x 0 Herman Claudius Darcy Gustavo Lima 1 x 0 Rodrigo Disconzi Rodrigo Disconzi 0 x 1 James Mann Toledo |
Campeonato Brasileiro 1993 Campeão: Aron Antunes Corrêa (SP) Vice-campeão: Giovanni Portilho Vescovi (SP) Local: Brasília (DF)
A fase final do Campeonato Brasileiro de 1993 foi realizada no Naoum Plaza Hotel, em Brasília (DF), no período de 8 a 18 de janeiro de 1994. A final do Brasileiro estava prevista para outubro de 1993. Porém, foi adiada a data e local diversas vezes por várias causas. O árbitro principal foi Antônio Bento de Araújo, presidente da CBX, que foi auxiliado por Felipe Araújo, Renan Soares, Marcos Silveira e Dayan Lima. A competição terminou empatada na primeira colocação entre Giovanni Portilho Vescovi e Aron Antunes Corrêa, ambos gaúchos, mas radicados em São Paulo. Os dois tinham que decidir o título em um match extra em seis partidas. Motivos financeiros sobre o valor do patrocínio do match dificultaram um acordo para a sua realização. Em julho de 1994, a CBX convocou os dois enxadristas para disputarem o título sem a necessidade de acordo, pois o campeão brasileiro de 1993 deveria ser conhecido. Com a recusa de Giovanni Vescovi de disputar o match extra, a CBX proclamou Aron Antunes Corrêa campeão brasileiro de 1993. A grande expectativa da fase final do Brasileiro 1993 foi para o duelo entre os dois mais jovens participantes: Giovanni Vescovi (15 anos) e o maranhense Rafael Duailibe Leitão (14 anos). O representante do Maranhão liderou até a quarta rodada. Na quinta, aconteceu o encontro entre eles, vencido por Vescovi. Essa partida recebeu prêmio por ser a melhor do evento. A fase semifinal do Brasileiro de 1993 foi disputada em Belo Horizonte (MG), no Central Shopping, no período de 2 a 8 de agosto de 1993. No mesmo local da semifinal foi efetuado o Torneio Aberto Agrimisa, com a vitória de Sadi Dumont. O vencedor da semifinal foi o representante de Santa Catarina Everaldo Matsuura, campeão brasileiro de 1991. O enxadrista finlandês Risto Ltivaara, de férias no Brasil, também participou da semifinal, mas sem direito à classificação para a final. A arbitragem esteve a cargo de Carlos Alberto Calleros. A direção foi de Nélson Castelo Branco, presidente da Federação Mineira de Xadrez. A prova foi pelo Sistema Suíço em nove rodadas, com o total de 69 participantes. Os principais colocados da semifinal: 1º) Everaldo Matsuura (SC), 6,5; 2º) Rafael Leitão (MA), 6,5; 3º) Rodrigo Disconzi (PR), 6,5; 4º) Jefferson Pelikian (SP), 6,5; 5º) Aron Antunes Corrêa (SP), 6,5; 6º) Adalberto Araújo (PR), 6,5; 7º) Haroldo Cunha dos Santos (SC), 6,5; 8º) James Mann de Toledo (SP), 6,5; 9º) Risto Ltivaara (Finlândia), 6; 10º) Sílvio Cunha Pereira (SP), 6; 11º) Martin Afonso Haro (SC), 6; 12º) Adwilhans de Souza (PR), 6;13º) Wellington Carlos Rocha (MG), 5,5; 14º) Adriano Rodrigues (SP), 5,5; 15º) Mauro Guimarães de Souza (SP), 5,5; 16º) Antônio Carlos Cipolli (SP), 5,5; 17º) Paulo Sérgio de Oliveira (RS), 5,5; 18º) Ricardo Teixeira (RJ), 5,5; 19º) Édson Tsuboi, com 5,5 pontos. O campeão brasileiro de 1993, Aron Antunes Corrêa, nasceu em Bagé (RS) em 29/7/1964. Em 1982, no Rio de Janeiro, foi uma das revelações do Torneio Internacional Peão de Ouro. Em 1987, conquistou o Campeonato Aberto do Brasil. Participou da equipe brasileira na Olimpíada Mundial de Xadrez de 1990, em Novi Sad (Sérvia). Foi vice-campeão brasileiro em 1991. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1993 Aron Corrêa 1 x 0 Everaldo Matsuura Aron Corrêa 1 x 0 Haroldo Cunha Giovanni Vescovi 1 x 0 Aron Corrêa Geovanni Vescovi 0 x 1 Herman Claudius |
Campeonato Brasileiro 1994 Campeão: Gilberto Milos Júnior (SP) Vice-campeão: Jefferson Pelikian (SP) Local: Americana (SP)
O Campeonato Brasileiro de 1994 foi realizado na cidade paulista de Americana, no período de 14 a 24 de fevereiro de 1995, organizado pelo 64 Chess Club de Americana. A competição estava prevista para agosto de 1994, mas acabou sendo realizada no ano seguinte. O árbitro geral foi Roberto Teles de Souza, auxiliado por Édson Nogueira e José Alberto Ferreira dos Santos. O GM Gilberto Milos dominou completamente a competição. Faltando três rodadas para o final, Milos somava oito pontos em oito possíveis, parecendo que iria conseguir na sua quinta conquista do Brasileiro cem por cento de aproveitamento. Porém, empatou com Pelikian na nona rodada e venceu nas duas últimas rodadas, respectivamente, Matsuura e Rafael Leitão, totalizando 10,5 pontos, quatro pontos e meio na frente do grupo empatados em segundo lugar com seis pontos (no critério desempate Pelikian foi o vice-campeão). Na última rodada, Rafael Leitão, na época com 15 anos de idade, precisava vencer Milos, a fim de conseguir a norma definitiva para o título de Mestre Internacional, mas foi derrotado. Porém, nesse mesmo ano de 1995 conquistaria o título de MI. A semifinal do Brasileiro 1994 foi realizada em Porto Alegre (RS), no período de 21 a 29 de junho de 1994, na sede da Sociedade Ginástica de Porto Alegre (SOGIPA). O campeão foi o MI Herman Claudius van Riemsdijk. O diretor da competição foi Egon Klein, que era o presidente da Federação Gaúcha de Xadrez. O árbitro principal foi Antônio Rogério Crespo. A semifinal do Brasileiro 1994 contou com a participação de 73 enxadristas em luta pelas cinco vagas para a fase final do Brasileiro. O sistema foi o suíço em nove rodadas. Os melhores colocados foram os seguintes: 1º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), com 7 pontos; 2º) Everaldo Matsuura (SC), 7; 3º) Jefferson Pelikian (SP), 7; 4º) Edson Tsuboi (SP), 7; 5º) Luis Agdamus (SP), 6,5; 6º) Rafael Leitão (MA), 6,5; 7º) Carlos Martins (SP), 6,5; 8º) Luiz Ney Menna Barreto (RS), 6,5; 9º) Rogério Becker (RS), 6,5; 10º) Luiz Rüppel Bittencourt (PR), 6; 11º) Guilherme Russo (SP), com 6 pontos. O vice-campeão brasileiro de 1994, Jefferson Pelikian, nasceu em São Paulo (SP) em 10/10/1965. Aprendeu a jogar xadrez aos 13 anos de idade no Clube Atlético Paulistano. Pelikian foi campeão paulista em 1988 e 2001. Defendeu o Brasil em duas Olimpíadas Mundiais de Xadrez: 1996 (Erevan) e 1998 (Elista). É Mestre Internacional. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1994 Gilberto Milos 1 x 0 Edson Tsuboi Herman Claudius 0 x 1 Gilberto Milos Gilberto Milos 1 x 0 Aron Corrêa Everaldo Matsuura 0 x 1 Gilberto Milos |
Campeonato Brasileiro 1995 Campeão: Gilberto Milos Júnior (SP) Vice-campeão: Herman Claudius van Riemsdijk (SP) Local: Brasília (DF)
O Campeonato Brasileiro de 1995 foi realizado no período de 10 a 21 de julho de 1995, no Museu Postal e Filatélico da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), em Brasília (DF). Os participantes ficaram hospedados no Naoum Plaza Hotel. O diretor geral foi Waldemiro de Andrade. O árbitro geral foi o então presidente da CBX, o AI Antônio Bento de Araújo Lima, auxiliado por Marcos Roland e Zich Moisés Júnior. Gilberto Milos foi o campeão brasileiro de 1995 quase alcançando cem por cento de aproveitamento, pois somente perdeu uma partida, na última rodada, para Darcy Gustavo Lima. A partir de 1984, quando Milos conquistou seu primeiro Brasileiro, ele ganhou todos os Brasileiros em que participou até 1995. Foi tricampeão invicto em 1984/1985/1986. Campeão em 1989, quando também não atingiu os cem por cento por ter perdido, na última rodada, para Jaime Sunye. Campeão em 1994, perdendo somente meio ponto no empate com Pelikian. Darcy Gustavo Lima ficou em terceiro lugar e foi o único invicto do Brasileiro 1995. O MI Herman Claudius foi o vice-campeão e só perdeu uma partida para Gilberto Milos. A semifinal do Campeonato Brasileiro de 1995 foi disputada no Praiatur Hotel, na Praia dos Ingleses, em Florianópolis (SC), no período de 2 a 8 de junho de 1995. O árbitro principal foi o MI e AI Francisco Trois, auxiliado por Carlos Calleros e Léo Pasqualino. A semifinal foi pelo Sistema Suíço em nove rodadas, com a participação de 110 jogadores. Os melhores colocados foram os seguintes: 1º) Marcelo Cukier (SP), com 7 pontos; 2º) Everaldo Matsuura (SP), 7; 3º) Alexandru Segal (SP), 6,5; 4º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 6,5; 5º) Luiz Loureiro (RJ), 6,5; 6º) Rafael Leitão (SP), 6,5; 7º) Rodrigo Disconzi (SP), 6,5; 8º) Eduardo Limp (SP), 6,5; 9º) José Luís Agdamus (SP), 6,5; 10º) Edson Tsuboi (SP), 6; 11º) Marco Asfora (PE), 6; 12º) Waldemiro de Andrade (DF), 6; 13º) Lídio Delgado (PR), 6; 14º) Charles Gauche (SC), 6; 15º) Haroldo Cunha (SC), 6; 16º) Reinaldo Santa Bárbara da Silva (RJ), 6; 17º) Marco Zaror (SC), 6; 18º) Luiz Rüppel Bittencourt (PR), 6;19º) Jeffesson Pelikian (SP), 5,5; 20º) Anderson Dias (PR), com 5,5 pontos. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1995 Herman Claudius 0 x 1 Gilberto Milos Rodrigo Disconzi 0 x 1 Gilberto Milos Gilberto Milos 1 x 0 Jaime Sunye Gilberto Milos 0 x 1 Darcy Gustavo Lima |
Campeonato Brasileiro 1996 Campeão: Rafael Duailibe Leitão (MA) Vice-campeão: Giovanni Portilho Vescovi (SP) Local: Americana (SP)
A fase final do Campeonato Brasileiro de 1996 foi realizada na cidade paulista de Americana, no período de 30 de novembro a 10 de dezembro de 1996. A primeira rodada foi realizada na Câmara Municipal de Americana. Antes do início da rodada, os vereadores da cidade concederam, por unanimidade, o título de Cidadão Americanense a Rafael Leitão, morador da localidade. A organização e direção do campeonato foi de José Alberto Ferreira dos Santos, presidente da Federação Paulista de Xadrez e do 64 Chess Club de Americana. O árbitro principal foi o MI e AI Francisco Trois. Sem a presença do GM Gilberto Milos, a final contou com sete Mestres Internacionais: Leitão, Vescovi, Darcy, Herman, James Mann, Matsuura e Christian Toth. A final do Brasileiro terminou com um tríplice empate na primeira colocação entre Rafael Leitão, Giovanni Vescoci e Darcy Gustavo Lima. A decisão extra do Brasileiro foi realizada em dois turnos na cidade do Rio de Janeiro, no período de 25 de fevereiro a 1º de março de 1997, no Sesc de Copacabana. A direção geral foi de Ricardo Barata, que havia sido eleito para o seu primeiro mandato de presidente da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro (FEXERJ), um pouco antes da decisão extra, dia 6/2/1997. O árbitro principal foi Friedrich Salamon. Rafael Leitão venceu a decisão extra e conquistou o seu primeiro título de campeão brasileiro. A classificação da decisão: 1º) Rafael Leitão, com 2,5 pontos (vitórias sobre Vescovi e Darcy, empate com Darcy e derrota para Vescovi); 2º) Giovanni Vescovi, com 2 pontos (vitória sobre Rafael, dois empates com Darcy e derrota para Rafael); 3º) Darcy Gustavo Lima, com 1,5 ponto (empate com Rafael, dois empates com Vescovi e derrota para Rafael). A fase semifinal do Brasileiro 1996 foi disputada no Petropolitano FC, em Petrópolis (RJ), no período de 20 a 26 de junho de 1996. A direção, arbitragem e organização esteve a cargo de Eduardo Arruda (presidente da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro) e Ricardo Barata (da empresa Barata Comunicação & Markting). O novo presidente da CBX, Estevão Bako, compareceu ao local dos jogos. A semifinal contou com a participação de 101 enxadristas, que lutaram pelas cinco vagas para a fase final. Os melhores colocados foram os seguintes: 1º) Giovanni Vescovi (SP), com 7 pontos; 2º) Everaldo Matsuura (SP), 7; 3º) Rodrigo Disconzi (SP), 7; 4º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 6,5; 5º) Luiz Loureiro (SP), 6,5; 6º) Christian Toth (SP), 6,5; 7º) Mauro Guimarães de Souza (SP), 6,5; 8º) Adriano Rodrigues (SP), 6,5; 9º) Ricardo Teixeira (RJ), 6,5; 10º) José Jorge de Carvalho (RJ), 6,5; 11º) Bianor Dantas (PA), 6; 12º) Haroldo Cunha (SC), 6; 13º) Carlos Martins (SP), 6; 14º) Jefferson Pelikian (SP), 6; 15º) Carlos Alberto Sega (SP), com 6 pontos. O campeão brasileiro de 1996, Rafael Duailibe Leitão, nasceu em São Luiz (MA) em 28/12/1979. Em 1989, com nove anos de idade, virou notícia por ser menino prodígio do xadrez brasileiro. O motivo foram suas conquistas de campeão brasileiro mirim, campeão pan-americano mirim e vice-campeão mundial mirim, em Porto Rico. Continuou na adolescência a ganhar títulos nacionais e internacionais, com destaque para os de campeão mundial pré-infantil (1991) e infanto-juvenil (1996). Em 1995, a convite do dirigente do xadrez paulista José Alberto Ferreira dos Santos, foi morar em Americana (SP). Foi bicampeão brasileiro juvenil em 1995/1996. Campeão paulista absoluto em 2003 e 2006. Conquistou o título de MI em 1995 e de GM em 1998. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1996 Rafael Leitão 1 x 0 Christian Toth Rafael Leitão 1 x 0 James Mann Toledo Darcy Gustavo Lima 0,5 x 0,5 Rafael Leitão Decisão extra – 1º turno Rafael Leitão 1 x 0 Giovanni Vescovi Decisão extra – 1º turno |
Campeonato Brasileiro 1997 Campeão: Rafael Duailibe Leitão (MA) Vice-campeão: Giovanni Portilho Vescovi (SP) Local: Rio de Janeiro (RJ)
A fase final do Campeonato Brasileiro de 1997 foi realizada no período de 6 a 16 de fevereiro de 1998, no SESC de Copacabana, Rio de Janeiro (RJ). A direção geral foi de Ricardo Barata, presidente da Federação de Xadrez do Estado do Rio de Janeiro (FEXERJ). O árbitro foi Friedrich Salamon, auxiliado por Francisco Figueiredo. Rafael Leitão e Giovanni Vescovi disputaram o título desde do início da competição. Na última rodada, Rafael empatou com Herman Claudius; e Vescovi, com Eduardo Limp. Se Vescovi vencesse Limp, ficaria com a mesma pontuação de Rafael, sendo necessário um match extra para decidir o título. Porém, com esses dois empates na última rodada, Rafael conquistou invicto o bicampeonato brasileiro 1996/1997. O vice-campeão Giovanni Vescovi também foi invicto, o mesmo acontecendo com o terceiro colocado Herman Claudius van Riemsdijk. A semifinal do Brasileiro 1997 foi realizada em Laguna (SC), no período de 21 a 28 de junho de 1997, com a vitória de Wellington Rocha, nascido em Minas Gerais e radicado em São Paulo. A direção foi de Kézia Lenderly. O árbitro foi Carlos Calleros, auxiliado por Palas Atena Veloso e Olinto Meyreles. A competição foi pelo Sistema Suíço em nove rodadas, com o total de 64 participantes. Os melhores colocados foram os seguintes (os cinco primeiros se classificaram para a fase final); 1º) Wellington Rocha (SP), com 7 pontos; 2º) Everaldo Matssura (SP), 6,5; 3º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 6,5; 4º) Carlos Martins (SP), 6,5; 5º) Paulo Cezar Haro (SP), 6,5; 6º) Francisco dos Santos (MG), 6,5; 7º) Charles Gauche (SC), 6,5; 8º) Eduardo Limp (SP), 6; 9º) Diniz Lima (SP), 6; 10º) Márcio Miranda (RJ), 6; 11º) Carlos Alberto Sega (SP), 6; 12º) Rodrigo Disconzi (SP), 5,5; 13º) Adriano Rodrigues (SP), 5,5; 14º) Tatiana Duarte (SP), 5,5; 15º) Vinícius Marques (SP), com 5,5 pontos. Eduardo Limp não conseguiu se classificar para a final pela semifinal. Porém, em novembro 1997, conseguiu a vaga para a final do Brasileiro 1997 ao conquistar o título de campeão da Copa dos Campeões Estaduais, realizada em Altinópolis (SP). PARTIDAS DO BRASILEIRO 1997 Rafael Leitão 1 x 0 Paulo Cezar Haro Eduardo Limp 0 x 1 Rafael Leitão Wellington Rocha 0 x 1 Rafael Leitão Everaldo Matsuura 0 x 1 Giovanni Vescovi |
Campeonato Brasileiro 1998 Campeão: Rafael Duailibe Leitão (SP) Vice-campeão: Giovanni Portilho Vescovi (SP) Local: Itabirito (MG) A fase final do Campeonato Brasileiro de 1998 foi realizada no período de 7 a 19 de dezembro de 1998 na cidade mineira de Itabirito. O diretor geral foi Nélson Castelo Branco Ferreira, auxiliado por Ricardo Cancio. O árbitro principal foi Herman Claudius van Riemsdijk. Após a última rodada, foi realizada a assembléia eletiva da CBX. A princípio, duas chapas concorriam ao pleito: Estevão Bako (candidato à re-eleição) e Darcy Gustavo Lima. Houve um acordo entre eles, com Darcy sendo eleito como candidato único. Bako ficou com o cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça da CBX. A fase final foi dividida em quatro etapas: oitavas-de-final, quartas-de-final, semifinais e final. A classificação, após essas etapas: 1º) Rafael Leitão (SP); 2º) Giovanni Vescovi (SP); 3º) Everaldo Matsuura (SP) e Adriano Caldeira, perdedores da semifinal; 5º) Wagner Borges (MA), Cícero Nogueira Braga (SP), Alexandru Segal (SP) e Adriano Rodrigues (SP), todos eliminados nas quartas-de-final; 9º) Gérson Peres Batista (MG), Bianor Dantas (PA), Fabiano Prates (RS), Vinícius Marques (SP), Edson Tsuboi (SP), Wagner Guimarães (RJ), Leandro Campelo (MG) e Carlos Martinez (SP), que saíram da competição nas oitavas-de-final. OITAVAS-DE-FINAL – matches de duas partidas. Em caso de empate outras séries com o tempo menor até ser conhecido o vencedor. Adriano Caldeira venceu Carlos Martinez por 2 a 0 (WO). Outros resultados: Rafael Leitão 2 x 0 Gérson Batista, Wagner Borges 1,5 x 0,5 Bianor Dantas, Cícero Braga 2,5 x 0,5 Fabiano Prates, Everaldo Matsuura 2 x 0 Vinícius Marques, Alexandru Segal 3 x 1 Edson Tsuboi, Adriano Rodrigues 2,5 x 1,5 Wagner Guimarães e Giovanni Vescovi 1,5 x 0,5 Leandro Campelo. QUARTAS-DE-FINAL – O mesmo critério das oitavas-de-final. Resultados: Rafael Leitão 1,5 x 0,5 Wagner Borges, Everaldo Matsuura 1,5 x 0,5 Cícero Braga, Adriano Caldeira 2,5 x 1,5 Alexandru Segal e Giovanni Vescovi 2,5 x 1,5 Adriano Rodrigues. SEMIFINAIS – Rafael Leitão 3 x 1 Everaldo Matsuura e Giovanni Vescovi 2 x 0 Adriano Caldeira. FINAL – Rafael Leitão 2,5 x 1,5 Giovanni Vescovi. A fase semifinal do Brasileiro 1998 foi realizada no Hotel Rio Poty, em Teresina (PI), no período de 6 a 13 de junho de 1998. O sistema foi o suíço em nove rodadas. A semifinal contou com 84 participantes. Os melhores colocados foram os seguintes: 1º) Alexandru Segal (SP), com 7 pontos; 2º) Everaldo Matsuura (SP), 7; 3º) Edson Tsuboi (SP), 7; 4º) Bianor da Silva Dantas (PA), 6,5; 5º) Adriano Rodrigues (SP), 6,5; 6º) Herman Claudius van Riemsdijk (SP), 6,5; 7º) Leandro Campelo (MG), 6,5; 8º) Wagner Borges (MA), 6,5; 9º) Tatiana Ratcu (SP), 6,5; 10º) Luiz Cappellano (SP), 6; 11º) Sílvio Lucena (CE), 6; 12º) Roberto Andrade (RN), 6; 13º) Vinícius Marques (SP), 6; 14º) Mauro de Souza (SP), 6; 15º) Andrey Neves (AM), com 6 pontos. Nessa semifinal, a campeã brasileira feminina Tatiana Ratcu quase conseguiu um feito inédito: ser a primeira mulher a se classificar para a fase final do Brasileiro Absoluto (no passado, já houve participação de mulheres na fase final, mas foi em finais abertas sem as fases de classificação). Tatiana fez a mesma pontuação dos dois últimos classificados em 1998, perdendo no critério desempate pelos milésimos. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1998 Giovanni Vescovi 0 x 1 Rafael Leitão Match final – 1a. partida Rafael Leitão 1 x 0 Everaldo Matsuura Match semifinal – 3a. partida Rafael Leitão 1 x 0 Wagner Borges Quartas-de-final – 2a. partida Adriano Caldeira 0 x 1 Giovanni Vescovi Match semifinal – 2a. partida |
Campeonato Brasileiro 1999 Campeão: Giovanni Portilho Vescovi (SP) Vice-campeão: Eduardo Thelio Limp (SP) Local: Brasília (DF)
A fase final do Campeonato Brasileiro de 1999 foi realizada em Brasília (DF), no período de 19 a 25 de janeiro de 2000. O árbitro principal foi Antônio Bento de Araújo. Giovanni Vescovi e Eduardo Limp travaram sensacional duelo pelo título de campeão brasileiro de 1999. Desde a primeira rodada, vinham obtendo vitórias e juntos caminhavam na ponta da competição. Na quarta rodada, empataram entre si. Na sétima rodada, somente os dois eram líderes com seis pontos. Na oitava (penúltima rodada), Limp empatou com Gauche. Vescovi venceu Disconzi e, pela primeira vez na competição, assumiu a liderança absoluta. Na última rodada, Vescovi venceu Benares e Limp ganhou Matsuura. Com esses resultados, Vescovi conquistou o título de campeão invicto. Limp foi o vice-campeão também invicto. Peter Toth abandonou a competição, após a segunda rodada por motivo de doença. A nova administração da CBX, presidida por Darcy Gustavo Lima, dividiu a semifinal do Brasileiro 1999 em duas etapas. A Primeira Etapa foi realizada no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá (MT), no período de 20 a 26 de junho de 1999, com 50 participantes, com os cinco primeiros colocados se classificando para a fase final. O árbitro principal foi Sílvio Mendes, auxiliado por Orlando Silvestre e Pedro Antônio de Oliveira. Os melhores colocados foram: 1º) Ricardo Benares (RO), com 7,5 pontos; 2º) Adriano Valle de Souza (DF), 6,5; 3º) Paulo Cezar Haro (SP), 6,5; 4º) Luiz Henrique Coelho (DF), 6,5; 5º) Edson Tsuboi (SP), 6,5; 6º) Vinícius Marques (SP), 6; 7º) Adriano Rodrigues (SP), 6; 8º) Eduardo Limp (SP), 9º) Joeval Gusmão (MT), 6; 10º) Carlos Martins (SP), 5,5; 11º) Wandeilton Souza (PB), 5,5; 12º0 Roberto Lessa (PB), 5,5; 13º) Augustoi César Silva (MT), 5,5; 14º) Jefferson Silva (RO), 5; 15º) Guilhermo Bueno (GO), com 5 pontos. A Segunda Etapa foi em Angra dos Reis (RJ), no período de 2 a 8 de agosto de 1999, com 58 participantes, também classificando os cinco primeiros para a fase final. A direção geral foi de Ricardo Barata. O árbitro principal foi Friedrich Salamon. Os melhores colocados foram: 1º) Everaldo Matsuura (SP), com 7 pontos; 2º) Wellington Rocha (SP), 7; 3º) Rodrigo Disconzi (PR), 6,5; 4º) Wagner Guimarães (RJ), 6,5; 5º) Charles Gauche (SC), 6,5; 6º) Ricardo Mercadante (RJ), 6,5; 7º) Luiz Menna Barreto, 6,5; 8º) Hilton Carlos Rios (RJ), 6; 9º) Haroldo Cunha (SC), 6; 10º) Luiz Loureiro (SP), 6; 11º) Ricardo Teixeira (RJ), 6; 12º) Eduardo Limp (SP), 5,5; 13º) Sadi Dumont (RJ), 5,5; 14º) André Luiz Ribeiro (ES), 5,5; 15º) René Sant’Ana (PR), com 5,5 pontos. O campeão brasileiro de 1999, Giovanni Portilho Vescovi, nasceu em Porto Alegre (RS) em 14/6/1978. Com pouco meses de idade, veio morar com a família na cidade de São Paulo. Aprendeu a jogar xadrez com o pai. Em 1986, entrou para a escolinha de xadrez do Clube Atlético Paulistano. Aí começou a sua ascensão no xadrez, conseguindo muitas vitórias em competições por categoria de idade. Em 1993, foi campeão pan-americano juvenil. Em 1998, campeão mundial juvenil por equipes. Aos 24 anos, em 2002, foi campeão do Zonal Sul-Americano. Foi tricampeão (2002/03/04) do importante Torneio Internacional das Bermudas. Conquistou o título de Mestre Internacional em 1993. O de Grande Mestre foi em 1998. Participou de diversos mundiais e representou o Brasil em várias olimpíadas. O vice-campeão brasileiro de 1999, Eduardo Thelio Limp, nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 12/4/1955. Aprendeu a jogar xadrez na escolinha do Alfredo Santos, na AABB-Lagoa (Rio de Janeiro). Foi vice-campeão juvenil em 1973 (o campeão foi Jaime Sunye). Limp conquistou o Estadual do Rio de Janeiro em 1978, 2003, 2005, 2012 e 2014. Foi campeão carioca em 1976, 1978, 2004 e 2011. Campeão paulista em 1986, 1989, 1995 e 1999. É Mestre Internacional. PARTIDAS DO BRASILEIRO 1999 Giovanni Vescovi 1 x 0 Andrey Neves Giovanni Vescovi 1 x 0 Jefferson Pelikian Charles Gauche 0 x 1 Giovanni Vescovi Eduardo Limp 1 x 0 Luiz Coelho |
Campeonato Brasileiro 2000 Campeão: Giovanni Portilho Vescovi (SP) Vice-campeão: Darcy Gustavo Machado Vieira Lima (RJ) Local: Teresina (PI)
Neste Brasileiro, o jogador de bye ganhou meio ponto A fase final do Campeonato foi realizada Rio Poty Hotel, em Teresina (PI), no período de 9 a 15 de dezembro de 2000, pelo Sistema Suíço em nove rodadas. O árbitro principal foi Alexandru Segal. Geovanni Vescovi liderou a competição desde o início. Ao terminar a quarta rodada, seis enxadristas lideravam com três pontos: Vescovi, Darcy, Matsuura, Pelikian, Haroldo Cunha e Sadi Dumont. Na quinta rodada, Vescovi venceu Pelikian, Matsuura ganhou de Haroldo Cunha e Darcy derrotou Sadi. Matsuura perdeu na sexta para Darcy e empatou na sétima com Paulo Haro, deixando a decisão do título para Vescovi e Darcy. Ao terminar a sétima rodada, os dois ponteiros eram Vescovi e Darcy, com seis pontos. Darcy empatou com Ricardo Teixeira na oitava rodada (penúltima da competição). Vescovi venceu a oitava e nova rodadas e conquistou invicto o Brasileiro de 2000. Como aconteceu no ano anterior, a semifinal do Brasileiro 2000 foi disputada em duas etapas. A Primeira Etapa foi em Santos (SP), no período de 9 a 15 de outubro de 2000. O campeão foi o paranaense Rodrigo Disconzi, que representou o Estado de Santa Catarina. A etapa de Santos contou com 55 participantes, pelo Sistema Suíço em sete rodadas. Os cinco primeiros colocados se classificaram para a fase final do Brasileiro. Os melhores colocados foram os seguintes: 1º) Rodrigo Disconzi (SC), com 7,5 pontos; 2º) Eduardo Limp (SP), 7; 3º) Luiz Henrique Coelho (DF), 6,5; 4º) Jefferson Pelikian (SP), 6; 5º) Everaldo Matsuura (SP), 6; 6º) Ivan Kuhlmann Nogueira (SP), 6; 7º) Marcus Vinícius Santos (SP), 6; 8º) Edson Tsuboi (SP), 6; 9º) Ricardo Benares (SP), 6; 10º) Ng Chon Meng (SP), 6; 11º) Mauro Guimarães (SP), 5,5; 12º) Álvaro Zimmerman Aranha (SC), 5,5; 13º) Damaris Hadad (SP), 5,5; 14º) Paulo Cezar Haro (SP), 5,5; 15º) Leomar Barbero (SP), com 5,5 pontos. A Segunda Etapa da semifinal do Brasileiro 2000 foi realizada no Hotel Glória, no Rio de Janeiro (RJ), no período de 23 a 26 de novembro de 2000, com arbitragem de Friedrich Salamon. A competição contou com 76 participantes, pelo Sistema Suíço em sete rodadas. Eduardo Limp foi o campeão, mas já havia garantido a vaga para a final na Primeira Etapa, quando foi vice-campeão. Everaldo Matsuura (quarto colocado) também garantiu vaga na etapa de Santos. Os melhores colocados da etapa do Rio de Janeiro foram os seguintes: 1º) Eduardo Limp (SP), com 6 pontos; 2º) Sadi Dumont (RJ), 5,5; 3º) Edson Tsuboi (SP), 5,5; 4º) Everaldo Matsuura (SP), 5,5; 5º) Ricardo Teixeira (RJ), 5,5; 6º) Luiz Loureiro (SP), 5,5; 7º) Álvaro Zimmerman Aranha (SC), 5; 8º) Luiz Antônio Manzi (RJ), 5; 9º) Paulo Cezar Haro (SP), 5; 10º) Ricardo Mercadante (RJ), 5; 11º) Davi Sokolic (RJ), 4,4; 12º) Wagner Guimarães (RJ), 4,5; 13º) Tatiana Duarte (SP), 4,5; 14º) Hilton Carlos Rios (RJ), 4,5; 15º) Marlen Moura Silva (RJ), com 4,5 pontos. PARTIDAS DO BRASILEIRO 2000 Jefferson Pelikian 0 x 1 Giovanni Vescovi Adriano Caldeira 0 x Giovanni Vescovi Giovanni Vescovi 1 x 0 Pedro Jorge Moraes Luiz Coelho 0 x 1 Giovanni Vescovi |
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