Bronstein,David I – Taimanov,Mark E [E15]
Zurich ct Zurich (16), 1953 [Bronstein,D]
[DEFESA INDIA DA DAMA]
1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cf3 b6 4.g3 Ba6 5.Cbd2 c5 6.Bg2 Cc6 7.dxc5 Bxc5 8.0–0 0–0 9.a3 Bb7 [; O ataque de c4 pelo B dama negra causou um pequeno desconforto no desenvolvimento das brancas, o que não é o usual contra a Índia de Dama, mas a conquista negra tem sido momentânea: um dos bispos teve que retornar à sua posição habitual, o outro, antes do avanço de P “b”, não terá escolha senão fazer o mesmo.] 10.b4 Be7 11.Bb2 Tc8 12.Db3 Tc7 13.Tac1 Da8 14.Dd3 h6 15.Tfd1 Td8 16.e4 d6 [; As brancas não permitiram … b5, e se seu N da dama estivesse em c3, ele poderia fortalecer ainda mais sua posição. Com o N em d2, não consegue encontrar um plano mais promissor, nem em minhas análises posteriores. As peças pretas, embora restritas, são harmoniosamente dispostas e, com uma estrutura saudável de peões, compõem uma posição muito sólida. Parece-me que, em geral, a melhor maneira de combater a India da dama é não permitir isso. Das quinze India da dama que aconteceram no torneio, as brancas venceram dois jogos e as pretas seis, um resultado invejável. É verdade que não é um resultado típico. O típico seria que os quinze jogos terminassem em tablas.] 17.De2 a5 18.Ta1 axb4 19.axb4 Dc8 20.Bc3 Cd7 21.Cd4 Cxd4 22.Bxd4 Bf6 23.Bxf6 Cxf6 24.De3 d5 [; Tablas.] ½–½
Reshevsky,Samuel Herman – Najdorf,Miguel [E97]
Zurich ct Zurich (16), 195 [Bronstein,D]
[DEFESA INDIA DO REI]
1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 Bg7 4.e4 d6 5.Be2 0–0 6.Cf3 e5 7.0–0 Cc6 8.Be3 [, Os dois próximos lances de Najdorf, usados pela primeira vez nesta abertura, devem ser consideradas como uma conquista importante, já que as pretas quase forçou o empate.] 8…Te8 [; Najdorf parece ter descoberto esta jogada depois de ter analisado a India do Rei de sua partida com Reshevsky, não muito antes do torneio. Em dois destes jogos Najdorf defendeu sem sucesso com 8 … Ng4. No entanto, a questão de saber se 8…Re8 ou 8 … Ng4, é o melhor, permanece em aberto.] 9.d5 [, Aparentemente, ganhando tempo, mas o N, surpreendentemente, não recua.] 9…Cd4 10.Cxd4 exd4 11.Bxd4 Cxe4 12.Bxg7 Rxg7 13.Cxe4 Txe4 [Diagrama] 14.Dc2 Te8 [; Tablas. Talvez o preto tenha uma pequena vantagem. Seu K pode alcançar uma boa posição no final através dos casas pretos. A tentativa de alguns técnicos em demonstrar que as brancas tem uma vantagem após o 8.dxe5, não foi bem sucedida, por isso será necessário voltar ao 8.d5, para investigar as possibilidades da variante.] ½–½
Keres,Paul – Petrosian,Tigran V [E61]
Zurich ct Zurich (16), 1953[Bronstein,D]
[DEFESA INDIA DO REI]
1.d4 Cf6 2.c4 g6 3.Cc3 Bg7 4.Cf3 d6 5.Bf4 [, Um sistema calmo, particularmente desagradável para os defensores da impressão de um caráter afiado para a Índia do rei. Ao contrário do sistema Smyslov, o P “c” é encontrado aqui em c4 e não em c3 como naquele. Os teóricos consideram difícil para o preto jogar … e5 nessa variante, geralmente preferindo … c5, seguido do avanço dos peões na ala da dama. Petrosian executa apenas a primeira parte deste plano. Mais tarde, ambos os lados manobram por um longo tempo, tentando localizar os pontos fracos do oponente. Apesar de tudo, tenho a impressão de que não há razão para desistir … e5. Em qualquer caso, o próximo lance, 5 … Nbd7, não serve adequadamente os planos pretos para este jogo.] 5…Cbd7?! [;] [5…0–0 seria melhor, já que 6.e3 permitiria 6…c5 e 7…Nc6!] 6.h3 c5 7.e3 0–0 8.Be2 b6 9.0–0 Bb7 10.d5! a6 [; Depois de algumas imprecisões as negras se encontram sob pressão posicional.] 11.a4 Ce8 12.Dd2 Ce5 13.Ch2 e6 14.Tad1 De7 15.Dc2 Td8 16.Db3 [, Um interessante elemento psicológico pode ser observado no decorrer da luta. Keres, por meio de movimentos “naturais” e “necessários”, tenta sugerir ao seu oponente que ele pretende gradualmente fortalecer sua posição. Nesse meio tempo, ele tem “em mente” idéias muito diferentes como são, acredite ou não, ataque através da coluna “h”. Ele mantém por muito tempo o N em h2 para jogá-lo para g4 quando sua troca é forçada, e antes de executar seus planos ele exerce uma pressão convencional em b6, e6, etc.] 16…Dc7 17.Td2 exd5 18.Cxd5 Bxd5 19.Txd5 Cf6 20.Tdd1 Cc6 21.Bf3 Tfe8 [; E aqui uma pequena imprecisão.] [Era necessário 21…Cb4] [Contestado por] 22.Cg4 [,] [22.Cg4 Agora 22…h5 23.Cxf6+ Bxf6 24.Bxc6 Dxc6 25.Td5 é ruim para as negras.; 22.Cg4 Teria que escolher 22…Cb4 23.Bg5 etc.; 22.Cg4 e 22…Cxg4] [Petrosian elege esta última jogada, estimando que sua posição será relativamente sólida.] 22…Cxg4 23.hxg4 Cb4 24.Td2 De7 25.Tfd1 Be5 26.g5 a5 27.g3 De6 28.Rg2 De7 29.Th1 De6 [; Petrosian não tem nada melhor que esperar o ataque de Keres.] 30.Th4 Tf8 31.Dd1 Bxf4 32.exf4 f6 33.Te2 Df7 34.gxf6 Dxf6 [; O preto deve enfraquecer a posição do seu K para defender o seu P h7.] 35.De1 Td7 36.Te6 Dxb2 37.Te7 Txe7 38.Dxe7 Dg7 39.Dxd6 Df6 40.Dd7 Df7 41.Dd6 Df6 42.Dc7 Tf7 43.Dc8+ Tf8 44.Dd7 Df7 [Diagrama]; Esta posição já ocorreu após o 40º lance das pretas.] 45.Dd2 De6 46.Th1 Dxc4 47.Dd6 Dd4 48.De6+ Rh8 [;] [Uma curiosa jogada foi sugerida por Boleslavsky: 48…Tf7 que parece ruim 49.Txh7 mas então 49…Df6 isso forçaria a troca de damas e, contra toda lógica, as negras conseguem tablas! Un caso raro.; Certo que a a mencionada jogada de problema, 48…Tf7 Branco teria o não menos original 49.Be2 mas a chance valía a pena tentar] [Como veremos,a “mais tenaz” …Kh8 conduce a imediata perda do P extra das negras, sem que ocorra a troca de damas.] 49.Dxg6 Dg7 50.De4 Ca2 51.Dc4 Cb4 52.Be4 Txf4 53.De6 Txe4 54.Dxe4 Dd7 55.De5+ Rg8 56.Th5 [, As negras abandonarom.] 1–0
Smyslov,Vassily – Averbakh,Yuri L [D38]
Zurich ct Zurich (16), 1953 [Bronstein,D]
[GAMBITO DE DAMA]
1.c4 Cf6 2.Cf3 e6 3.Cc3 d5 4.d4 Bb4 5.cxd5 exd5 6.Bg5 h6 7.Bxf6 Dxf6 8.Db3 Dd6 9.a3 Bxc3+ 10.Dxc3 0–0 [Diagrama]. Um ataque das minorias não é apenas uma idéia de abertura (usada sobretudo na variante da troca e na variante de Karlsbad do Gambito da dama), mas uma concepção estratégica geral que pode ser realizada em qualquer fase do jogo, sob condições favoráveis, e não apenas na ala da dama. A idéia deste ataque é criar fraquezas para o oponente em uma área onde o inimigo tem uma vantagem numérica de peões, para atacar os peões fracos com peças. Poderia haver circunstâncias mais favoráveis do que as da presente partida para um ataque de minorias na ala da dama. Para equilibrar as ações, as pretas geralmente devem realizar um ataque de peças no lado do rei.] 11.Tc1 c6 12.e3 Bf5 13.Be2 [,] 13…Cd7 14.0–0 [, Por que as brancas atrasam b4?] [Se 14.b4 as negras poderiam responder 14…Be4 e 15.Cd2 não seria possível devido a P g2. E o branco não quer trocar o seu N pelo preto porque ele esta restrito por seus próprios peões.] [O próximo movimento preto, no entanto, impede o avanço de P “b” por um longo tempo.] 14…a5 [; Para evitar que as minorias ataquem, isso se distancia de sua base e se torna um objeto de ataque. Tais peões empurram os outros assim como uma carta empurra as outros quando o castelo de cartas está caindo, mas por enquanto Averbakh não se importa com sua defesa. Enquanto as brancas lidam com o reagrupamento para executar seu novo plano (ataque de peças contra P a5), as negras tentam criar as primeiras ameaças no ala do rei.] 15.Ce1 [,] [a tentativa de trasladar o N a c5, vía b3, evitando a diagonal b1–h7 não daria resultado, pois as negras contestariam com 15.Cd2 a4 etc.] 15…Cf6 16.Cd3 Bxd3 [; O N é trocado pelo B.] 17.Dxd3 Tfe8 18.Bf3 Ce4 19.Bxe4 Txe4 20.Db3 Dd7 21.Tc5 Tg4 [; A transferência da R a g4 é uma boa ilustração das possibilidades de contra-ataque neste tipo de posição. Branco, em geral, deixa seu K completamente desprotegido de peças, ou com uma única peça menor, enquanto executa o ataque de minorias. Não é fácil, no entanto, para as pretas, quebrar a posição do inimigo com um ataque de peões. Portanto, o método mais eficaz é geralmente o ataque frontal direto, especialmente se, como neste caso, os peões g2 e h2 são alvos excelentes para as peças. Somente se as brancas forem forçadas a avançar um desses peões, as pretas podem tentar romper com um deles. O sucesso desta operação depende de cada situação específica, mas no presente jogo Smyslov não decide assumir os riscos envolvidos e, abandonando sua ação contra P a5, decide forçar as tablas. Uma vitória moral para as negras.] 22.h3 Tg6 23.Rh1 a4 24.Db4 Tf6 25.Rg1 [, Tablas.] ½–½
Geller,Efim P – Szabo,Laszlo [E52]
Zurich ct Zurich (16), 1953 [Bronstein,D]
[ DEFENSA NIMZOINDIA]
1.d4 Cf6 2.c4 e6 3.Cc3 Bb4 4.e3 0–0 5.Bd3 d5 6.Cf3 b6 7.0–0 c5 [; embora P “c” esteja atacando o centro, sua presença em c5 tem um aspecto desfavorável: impede a retirada de B.] [7…Bb7 me parece mais apropiado.] 8.De2 Cbd7 9.cxd5 exd5 10.a3 Ba5 11.b4 [, O B preta não está ileso, mas logo fica claro que o N branco é mais forte. As brancas iniciam uma ofensiva contra os pontos c7 e d6, que parece estar em uma base realista: o rei adversário está fora do jogo. Como regra geral, a abertura de linhas favorece o lado melhor desenvolvido em tais casos. O sacrificado de P é a isca.] 11…cxb4 12.Cb5 a6 13.Cd6 Cb8 14.Cxc8 Dxc8 15.Bd2 b3 [; A qualidade de uma posição no xadrez nem sempre depende do número de peões. Neste caso, as pretas tem pontos fracos suficientes para definir a vantagem das brancas.] [Uma linha temática aqui é 15…bxa3 16.Bxa5 bxa5 17.Tfc1 e as brancas tem fundamento para esperar uma boa coisa, há três peões “a”, e também o P d5.] [Szabo, não gostou desta variante, de modo que decide devolver o sacrificio, mesmo que apenas para remendar as colunas “a” e “b”.] 16.Tab1 Cc6 17.Txb3 Bxd2 18.Dxd2 b5 19.Tc1 Dd7 20.Tbc3 Tfc8 21.Ce5 [, Geller não dá trégua ao seu adversário. Após a troca forçada em e5, surgem novas preocupações para Szabo, uma das quais é onde colocar o seu N. O salto para e4 parece uma incursão precipitada, mas mesmo assim é a melhor possibilidade prática, porque se o N recuar, o fluxo de peões nas colunas “e” e “f” não pôde ser rechaçado em seu avanço para a fortaleza inimiga.] 21…Cxe5 22.dxe5 Txc3 23.Dxc3 Ce4 24.Dd4?! [, O branco está pensando em capturar o N, mas isso dificilmente é viável.] [Controla todos os pontos chave, com 24.Dc7 é simplee e efetivo.] [A posição branca, no obstante, é tão boa, que apenas um lance ainda não estraga.] 24…Db7 25.h4 h6 26.Tc2 Tc8 27.Txc8+ Dxc8 28.Dxd5 Cc3 29.Dd6 [, O N foi liberado, mas às custas do Pd5. Obviamente, as pretas não podem esperar impassíveis pelo avanço dos peões “e” e “f”, e então empreendem uma tentativa desesperada de criar um P passado na ala da dama. O jogo deriva para caminhos combinativos e, inesperadamente, Szabo parece ter chances de salvação.] 29…a5 30.f4 h5 31.f5 Cd1 32.e6 Cxe3 [; Apesar de tudo!] 33.Rf2 [,] [O projetado 33.e7 refutaria com a invasão da Q na retaguarda branca: 33…Dc1+ etc. Uma boa idéia de Szabo em graves e recíprocos apuros de tempos.] 33…Cg4+ 34.Rf3 Dc1 35.exf7+ [, Um xeque de Q na oitava não dá o resultado desejado. Sentindo que a vitória escorregou de suas mãos, Geller se certifica de que ele possa conseguir um xeque perpétuo.] 35…Rxf7 36.Dd7+ Rf8 37.Dd8+ Rf7 38.Dd7+ Rf8 39.Dd6+ Rf7 40.De6+ Rf8 41.Dd6+ Rf7 42.De6+ Rf8 [Diagrama] 43.Bxb5?! [, Uma decisão superficial. A partida foi adiada nesta posição. O branco não tem a menor vantagem e a Q o N preto estão perigosamente próximos do K branco. Szabo, que aparentemente não tinha o menor desejo de passar horas analisando, chamou o árbitro e disse que o jogo estava empatado, porque a mesma posição havia ocorrido três vezes. Nenhum dos jogadores tinha continuado a marcar movimentos durante o relógio, mas Geller, embora com certas dificuldades, foi capaz de provar que Szabo não estava certo, então ele foi concedido o direito de continuar jogando. Sua jogada secreta, no entanto, foi dolorosa e, ao retomar, ele é forçado a fazer o máximo esforço para convencer Szabo de que, apesar de tudo, a posição é empatada. No calor do torneio, não é difícil para um jogador de xadrez superestimar suas chances ou as do adversário.] 43…Dxa3+?! [As negras poderiam criar melhores chances de vitória com 43…Dc3+ no lugar de capturar o P.] [O apelo final que Szabo quer alcançar parece ser um empate apesar das regras.] 44.Re4 De3+ 45.Rd5 Cf6+ 46.Rc6 Dxe6+ 47.fxe6 Re7 48.Bc4 Ce4 49.Rb6 a4 50.Ra5 Cd6 [; A posição ilustra gráficamente a superioridade de um B contra um N: a pesar de seu P pasado distante, as negras não podem ganhar.] 51.Bd5 Cf5 52.Rxa4 Cxh4 53.Rb3 Cf5 54.Rc3 Rd6 55.Bf3 h4 56.Rd3 Rxe6 57.Re4 Rf6 58.Bg4 Ch6 59.Bd7 Rg5 60.Rf3 Cf7 61.Bc8 Ce5+ 62.Re4 Cc4 [; Szabo se nega a admitir que a posição é tablas e trata de impor-se avançando o P “g” que as brancas ignoram por completo.] 63.Rf3 Ce5+ 64.Re4 Rf6 65.Rf4 g6 66.Re4 g5 67.Re3 Rg6 68.Re4 Cc4 69.Rf3 Cd2+ 70.Re3 Cf1+ [; Nem sequer os xeques ajudam] 71.Rf2 Cg3 72.Rf3 Rf6 73.Rg4 Cf1 74.Ba6 Ce3+ 75.Rh3 Cf5 76.Bd3 Cg3 77.Rg4 Ch1 78.Bc2 [, Tablas.] ½–½
Kotov,Alexander – Euwe,Max [A13]
Zurich ct Zurich (16), 1953 [Bronstein,D]
[ABERTURA RETI]
1.c4 Cf6 2.g3 e6 3.Bg2 d5 4.Cf3 dxc4 5.0–0 a6 [Em seus trabalhos teóricos Euwe não recomenda mante o P, 5…Cbd7 6.Ca3 Cb6 7.Cxc4 Cxc4 8.Da4+ Bd7 9.Dxc4 Bc6 10.b3 Bd6 com jogo aproximadamente igual.] [Com 5…a6, aparentemente, espera obter algo melhor.] 6.Dc2 b5 7.Ce5 Cd5 8.d3 [, A decisão de um lutador experiente. Kotov nem sequer tenta recuperar o P mas tenta obter um conjunto ativo de peças.] 8…cxd3 9.Cxd3 Bb7 10.Td1 Dc8 11.a4 Cd7 12.axb5 axb5 13.Txa8 Bxa8 14.Ca3 Bxa3 [; O preto não quer estar preso à defesa de P b5 e está satisfeito em poder trocar seu B do rei. No entanto, o desaparecimento deste B deixa Kotov na posse de numerosas casas pretas.] [Mais prudente haverira sido 14…Db8 mas depois de 15.Db3 c6 16.e4 C5b6 17.Bf4 as brancas estão melhor.] 15.bxa3 0–0 16.Cc5 [, Não será fácil expulsar o N deste ponto, mas as pretas não gostam dessa troca. Branco, como antes, não procura recuperar o P mas para melhorar a posição forte de suas peças.] 16…C7b6 17.e4 Ce7 18.Bf1 Bc6 19.f3?! [, Ao permitir que as pretas troquem o segundo par de torres, as brancas perdem imediatamente sua vantagem.] [O correto é 19.Bb2 e agora 19…Td8 seria ruim devido 20.Dc3 f6 21.Txd8+ Dxd8 22.Cxe6 etc.; 19.Bb2 a variante 19…Ca4 20.Cxa4 bxa4 21.Dc5 Te8 22.Bh3 ameaçando Qe5, também seria favorável as brancas.] 19…Td8 20.Bg5 Txd1 21.Dxd1 Cg6 22.Dd8+ Be8 23.Dxc8 Cxc8 24.Bd8 c6 [; A vantagem posicional branca continua a compensar o P extra das pretas, mas não mais do que isso.] 25.f4 e5 26.f5 Cf8 27.Rf2 Cd7 28.Cb7 f6 29.Re3 Rf8 30.h3 Bf7 [; O preto não pode ser muito ativo, já que o par de bispos inimigos não pode ser ignorado.] 31.Ba5 Re8 32.g4 Cdb6 33.Bb4 Bc4 34.Bg2 Ba2 35.Bf1 Bc4 36.Bg2 Ba2 [; Tablas. Um jogo sem muita emoção.] ½–½
Boleslavsky,Isaak – Stahlberg,Gideon [C19]
Zurich ct Zurich (16), 1953 [Bronstein,D]
[DEFESA FRANCESA]
1.e4 e6 2.d4 d5 3.Cc3 Bb4 [;] [Stahlberg não recorre à sua defesa preferida 3…Cf6 provavelmente temendo que Boleslavsky tenha uma linha pronta, mas com 3 … Bb4, ele troca a panela pelo caldeirão.] [A verdade é que a variante Winawer é precisamente a pior escolha possível contra Boleslavsky, já que ele jogou este esquema em inúmeros jogos e está muito familiarizado com os aspectos mais vulneráveis da formação negra, e embora Stahlberg modifique um pouco o cenário defensivo usual , não pode evitar cair em uma situação difícil de qualquer maneira.] 4.e5 c5 5.a3 Bxc3+ 6.bxc3 Ce7 7.a4 [, Um lance flexível. De acordo com a resposta negra, as brancas planejam continuar com 8.Ba3, 8.Qd2, 8. Qg4 ou, como no jogo, 8.Nf3.] 7…Cbc6 8.Cf3 Bd7 9.Be2 Tc8 10.0–0 0–0 11.Ba3 b6 12.Ba6 Tc7 13.Bd3 h6 14.Te1 Ca5 15.Bc1 c4 [; As pretas, com habilidade, mascara seus planos para não permitir que as brancas realizam um plano concreto de ataque. Aqui Stahlberg é tentado pela possibilidade de abrir a coluna “f”, o que não lhe dará nenhuma vantagem, enquanto após algumas jogadas defensivas, Boleslavsky assumirá a ofensiva. Stahlberg deveria ter optado por uma tática de espera e agir de acordo com as intenções do seu oponente.] 16.Bf1 Cg6 17.g3 f6 18.exf6 Dxf6 19.Bg2 Tcc8 20.De2 Tf7 21.h4 [, A avalanche começa. Os casas pretos são irremediavelmente fracos e Boleslavsky, metodicamente, aumenta sua pressão. O B de c1 retorna à sua verdadeira diagonal de ataque, a3–f8, as torres estão concentradas na coluna “f”, o N ocupa e5 e os peões, apoiados pelo B de h3, passam a criar a ruptura decisiva. O que os pretas podem fazer contra isso? Muito pouco. Eles só podem se defender passivamente.] 21…Cc6 22.h5 Cf8 23.Ch2 Ch7 24.f4 Te8 25.Cf3 Dd8 26.Ch4 Cf8 27.Tf1 Ce7 28.Cf3 Cc6 29.Ba3 Bc8 30.Tf2 Cd7 31.Taf1 Ce7 32.Bh3 Cf5 33.Rh2 Cf6 34.g4 Cd6 35.Ce5 Tc7 [Diagrama] 36.Bg2?! [, Tendo obtido uma posição vencedora, As brancas estão indecisas. 36.g5 era necessário, imediatamente, bem precedido pela troca 36.Bxd6. A coluna “g” teria sido aberta em qualquer caso e, graças à sua superioridade, as brancas poderiam organizar o ataque decisivo. Agora as pretas podem mover seu N de f6 e g5 não pode ser jogado com ganho de tempo.] 36…Cde4 37.Tf3 Cd7 38.Cg6 [, O branco poderia molestar o N com Re3, mas para sua desgraça deveriam prestar atenção ao momento oportuno de abrir a coluna “f”.] 38…Cdf6 39.Ce5 Cd7 40.Rg1 Cxe5 41.fxe5 Cg5 [; O preto conseguiu se recuperar justamente quando a penetração do inimigo parecia inevitável. A posição adquire um caráter fechado e os bispos brancos perdem uma certa dose de sua força. Branco deve agora estar contente com um empate, mas não pode resistir à tentação de “ganhar” a Q.] 42.Tf8+ Txf8 [Se 42…Rh7 43.Txe8 Dxe8 44.Tf8 isso permitiria que as brancas mantivesse um forte ataque. Mas agora as chances de vitória estão no lado preta. Stahlberg, no entanto, acha os adiamentos cansativos e depois de analisar a posição oferece tablas, que Boleslavsky aceitou. Tablas] ½–½